‘’Eu trocaria todos os meus amanhãs por um único ontem. ’’
(Janis Joplin)
Pov's Bella
Eu não podia acreditar, ou melhor, eu não queria acreditar que isso estava acontecendo em minha vida... Meu Deus tudo ao mesmo tempo por quê?!Que provação é essa que eu tenho que passar?!
Em um único dia descobri que tem um monstro em minhas entranhas, beijei meu próprio tio e agora meus pais num hospital. Espero que não tenha sido nada grave.
O que eu ainda não fiz que não cortei os pulsos?!
E o silêncio na estrada contribuiu para meu completo tormento.
O caminho até o pequeno hospital em Montesano nunca foi tão longo, meu coração parecia que sairia do meu corpo de antecipação pelo que estava por vir.
Ao chegarmos em frente ao pronto socorro não esperei nem o carro estacionar, ainda com ele em movimento pulei para fora dele.Queria encontrar os meus pais o quanto antes, mas parei ao ver que tinha alguém vindo em nossa direção.
-Edward querido! –veio falando a ruiva, com os braços abertos, só ai percebi que ele já estava ao meu lado.
-Que bom que esta aqui Vic. -falou abraçando o seu corpo.
-Mas... O que... Ela... -minha frase era totalmente desconexa, eu nem conseguia formular uma frase se quer.
Edward percebendo minha expressão confusa tratou rapidamente em responder-me.
-Eu a chamei Bella.
-Querida!-falou Victoria abraçando-me com enternecimento. Correspondi ao seu abraço afetuoso sentia como se estivesse realmente precisando dele.
Respirei fundo e entramos no silencio torturante que era aquele corredor, Edward segurou firme em minha mão como forma de apoio, ou forma de simplesmente dizer estou aqui.
Sentei em um dos bancos com Victoria ao meu lado, minhas pernas estavam bambas demais para poder ficar em pé.
Edward seguiu pelo corredor de luz fluorescente, até um balcão onde tinha algumas recepcionistas mexendo em algo no computador.
Meus olhos não conseguiam se desvencilhar da conversa inaudível que ele estava tendo com uma senhora morena.
Voltou mais cabisbaixo que quando ele fora. Eu permaneci calada não conseguia falar. Esticou-me a mão a qual rapidamente aceitei, foi nos levando para uma espécie de sala de espera.
Minhas mãos suavam, meu coração batia no ritmo do tic-tac do relógio da parede. Edward parecia tentar esconder-me algo.
A falta de noticias era angustiante!
-Edward... -minha voz não saiu mais do que um murmúrio, não tinha forças para chamá-lo em voz alta, mas felizmente não precisei repetir logo ele estava ao meu lado alisando o meu braço tentando tranqüilizar-me. -Meus pais?!
-Só estava esperando você esboçar alguma reação para poder falar com você...
A porta abriu-se intempestivamente, entrando uma Alice nervosa abraçando-me forte. Okay... Aquilo estava me assustando muito.
Edward olhou para Alice dando-lhe um breve sorriso.
-Como eu estava tentando dizer... Charlie esta na mesa de cirurgia, e a sua mãe... Está na UTI logo mais os médicos virão aqui...
Havia uma esperança eu apenas tinha que me agarrar a ela.
A minha inseparável amiga estava ao meu lado acarinhando minha mão de um lado e do outro meu tio dando-me forças.
-Bellinha... Vamos até a capelinha aqui ao lado?!-chamou-me Alice limpando uma lagrima solitária que caia pelo meu rosto pálido.
Olhei para o meu tio e ele sorriu tentando encorajar-me a ir.
Deixei-me ser arrastada por Alice até a pequena capela branca com alguns poucos bancos escuros.
Alice ficou sentada em um dos bancos, enquanto eu seguia até o oratório.
Havia duas imagens uma de cada lado, a santa dava para distinguir bem era a St Rosa Filipa Duchesne, minha avó sempre rezava para ela, não sei o motivo, jamais havia me interessado em saber, nunca fui religiosa só ia para as missas aos domingos quando vovó Esme vinha para Montesano e insistia muito para que eu as acompanhasse.
Mas a minha atenção seguiu para o crucifixo de madeira no meio da parede branca.
Prostrei-me diante da cruz e juntei às mãos em forma de oração.
Meu coração estava doendo tanto!
Pai, eu sei que não tenho sido uma filha muito boa para o senhor... Mas eu lhe imploro que não leve os meus pais... Eu preciso tanto deles... Os amo tanto.
Sei que assim como outros filhos vosso só lembro-me do senhor no momento de aflição... Mas ajude-os a se recuperarem, o senhor levantou Lazaro que já estava morto, oh... Pai o senhor podes tudo não os leve!!
Mamãe e papai são tudo o que eu tenho na vida... Não me abandones mais uma vez num momento tão difícil quanto esse.
Por tudo que a de mais sagrado... Deixe-os comigo.
Terminei minha oração muda aos prantos não conseguia controlar-me embora eu quisesse.
-Calma Bella... Isso não faz bem para o bebê. -falou calma a minha amiga ao meu lado.
Às vezes tenho a impressão que Alice não tem o juízo perfeito.
-Bebê... Bebê Alice?!Eu lá quero saber de bebê. – gritei alterada.
Com os meus pais no hospital sem saber o real estado das pessoas mais importantes da minha vida eu ia me importar com droga de um bastardo?!To nem ai para ele, se me desse uma dor agora e ele escorresse por minhas pernas seria até um alivio para mim.
-Tudo bem Bellinha... Vamos?!-falou tristonha.
Assenti.
Quando entramos na sala de espera os rostos que ali estavam e principalmente do meu tio eram horríveis.
Sinal de que minhas orações não valeram muito!
-Alguma noticia?!Aconteceu alguma coisa?!
-Bella alguns médicos estiveram aqui... Eles estão fazendo tudo o que pode... -respondeu Victoria vindo em minha direção segurando minhas mãos fazendo-me sentar.
Edward não falou comigo permaneceu sentando com as mãos segurando o rosto.
Porque nessas horas o relógio parece nosso inimigo?!Os minutos passavam arrastando-se. Era apavorante a demora.
Não sei quanto tempo esperamos até que dois homens vestidos de azul característicos de quem saem da cirurgia. Seus rostos eram sérios demais. Senti um frio na espinha!
-Vocês são parentes do chefe Cullen e da Senhora Cullen?!-perguntou um dos médicos com os braços cruzados.
-Sim. -respondemos todos em uníssono.
O outro médico esticou a mão para meu tio e ele imediatamente retribuiu.
-Steven. -apresentou-se o cara forte e moreno. -esse é o Dr.Collins. –apontou para o outro homem que ainda mantinha os braços cruzados sobre o peito encostado na parede. -Nós somos Neurocirurgiões...
-Nós fizemos as cirurgias do senhor e senhora Cullen... -interrompeu o Dr. Collins. –A senhora Cullen teve um traumatismo craniano grave e varias escoriações pelo corpo, nos fizemos o que pudemos agora ela esta na UTI como vocês já foram informados. -Esse médico era direto, preferia assim sofrer de uma vez por todas a ter doses homeopáticas de enrolação.
-E o meu irmão?-perguntou Edward aflito.
Continuava sentada com Alice do meu lado segurando minhas mãos que tremiam.
Meu estado débil não permitia que eu esboçasse reação alguma. Fiquei quieta apenas assimilando cada palavra que eles proferiam, temendo apenas por uma.
Morte!
-O chefe Cullen teve um traumatismo cranioncefalico... Com afundamento de crânio. As lesões cerebrais foram enormes, houve perfurações e fraturas no crânio. -falava Dr.Steven.
- Fizemos o que estava ao nosso alcance... -continuou Dr.Collins.
-Meu pai...
-Então ele... -falou Edward com a voz embargada.
-Sinto muito. -respondeu um dos médicos ao qual não fiz questão de saber quem era.
Pisquei algumas vezes até entender realmente as palavras sinto muito.
-Meu... PAI... Morto?!
-Bella...Eu sinto tanto minha amiga.-Alice levantou-se puxando-me para um abraço apertado.
-Você tem que ser forte. -falou Victória. -E aceitar...
Quem disse que eu quero ser forte?!Quem disse que eu tenho que aceitar?!Eu tinha acabando de perder meu pai, e ela queria que eu aceitasse?!
Edward seguiu em minha direção com o celular nas mãos certamente estava dando a noticia para alguém.
-MEU PAI MORREU, EU NÃO TENHO QUE ACEITAR NADA...
-Shi... Shi... Calma meu anjo... -Falou Edward no meu ouvido abraçando-me.
Meu corpo estava tremulo!
Eu tinha acabando de perder o meu chão... Meu pai sempre foi tão presente, tão importante.
Comecei a lembra-me da minha infância, do meu pai passeando pelo parque comigo pendurada em seu pescoço, ele dizia que assim eu poderia ver as coisas melhor e realmente era verdade, das minhas tentativas de aprender a andar de bicicleta sem as rodinhas ou de patins, sempre caia e ele vinha correndo ao meu encontro levantando-me e ajudando a equilibrar-me sob os joelhos machucados. Sempre dizia esta tudo bem meu anjo, estou aqui!
Das noites que simplesmente eu não tinha sono e resolvia ficar na sala assistindo a um filme qualquer, mas ele sempre estava ali me fazendo companhia. Mesmo que cochilando.
Mas agora ele não estava mais ao meu lado!
É como se um filme antigo e muito distante de mim agora , passasse em minha frente.
Chorei, até sentir que minhas lagrimas haviam secado, quanta desgraça em minha vida.
Jacob havia chegado há alguns minutos e me arrastaram para um corredor vazio, chorei mais ainda ao ver a força que os meus dois amigos estavam me dando naquele momento obscuro da minha vida.
Edward havia saindo com Victória para resolver os trâmites legais. O que eu ficava muito agradecida, eu não tinha nenhuma condições de fazer isso, ou tão pouco vê-lo.
Era desesperador o misto de sentimentos que me rondavam!
-Bells... Eu to aqui para o que precisar. -disse Jake enquanto acarinhava-me e limpava as minhas lagrimas de dor.
Ficamos ali os três abraçados, os meus amigos eram a minha maior fortaleza naquele momento.
Meu pai morto!Aquilo era difícil de acreditar.
...
-Bella... -ouvir a voz esganiçada do meu tio próximo onde estávamos, como não tinha forças para responder apenas levantei a cabeça em sua direção.
Pigarreou algumas vezes até continuar.
-Meu anjo... -estendeu-me a mão para que eu pudesse levantar-me e decididamente aceitei, segurou minha cintura, colando seus lábios em minha testa. -Eu... Preciso que você seja forte...
-Minha mãe não é?!-minha voz saiu tão lacônica, que se ele não tivesse com o rosto colado no meu, tenho certeza que não ouviria.
Suspiramos ao mesmo tempo, um olhando nos olhos do outro.
-Sim... Ela quer vê-la... -falou depois de um longo suspiro.
(...)
“Acesso restrito. UTI.”
Assim que chegamos em frente à grande porta branca, a enfermeira liberou apenas a minha entrada. Ajudou-me a vestir aquela espécie de bata azul e luvas.
Guiou-me até a terceira cama daquela enorme sala , que era dividida em biombos , abriu as cortinas e olhou para alguns equipamentos.
Minha mãe estava tão diferente... Rosto inchado com vários cortes tinha um grande respirador entre sua boca e o nariz, cabeça enfaixada...
Segurei em sua mão inchada, e não conseguir me conter ao pousar a minha cabeça em seu peito, mas seu coração não batia como antes estava tão lento, seu corpo não era mais quente e também não me acolhia como antes, agora estava frio.
-Mamãe... -sussurrei passando as mãos por entre seus machucados.
Nunca imaginei que pudesse vê-la dessa forma... Aquilo era desconcertante.
Com dificuldade ela conseguiu abrir os olhos em frestas não mais do que isso, e lentamente levou sua outra mão até a boca tocando o respirador o puxando.
-Não mãe, não pode... -falei tentando pega a mascara de sua mão para levá-la ao seu rosto, mas ela negou com a cabeça laconicamente.
-Princesa... -ela falava as palavras com tanta dificuldade que era quase imperceptível.
-Shiii... A senhora não pode falar agora...
-Eu sinto... Tanto anjo... -suas lagrimas caiam em seu rosto ferido. -Ter que... Partir.
-Mãe a senhora vai ficar boa... A senhora vai ver. -tentei lança um sorriso, mas não saiu mais de que uma careta.
Deu um longo suspiro, e voltou a olhar-me.
-Sempre... Estarei... –Agora não só pausadamente ela falava, mas também cansava, seu peito começou a subir e descer rápido. – com você.
-Por favor, não me deixe também mãe...
Meu pedido tornava-se desesperado só de pensar naquela possibilidade, eu não podia perder a minha mãe também.
Renée começou a ficar aflita e agitada ao mesmo tempo, abria a boca para falar e não conseguia... Minha mãe estava agonizando.
Eu era tão impotente naquele momento!
Minha mãe estava morrendo na minha frente e eu não podia fazer nada.
Um dos aparelhos começou a apitar alto.
Agarrei-me ao seu corpo, ali por tantos anos foi o meu porto seguro, agora estava partido, deixando-me em meio a uma nevoa sem saber ao certo o rumo que tomar.
-Mãe, mãe não me deixe...
Vieram correndo pessoas de branco por toda a parte para o leito onde estávamos.
-Vamos, vamos... -falou um dos médicos que tinha ido nos avisar sobre meu pai.
Pegou um aparelho, se conseguir discernir bem era um desfibrilador, ele levou até seu peito o que a fez subir.
-Não esta adiantando... Outra vez 1,2,3 ...Vamos dona Renée reaja.
-MÃE...
Se não fosse por uma das enfermeiras me segurarem, eu tinha avançado em minha mãe, como ela ousar me abandonar também...
-Tirei-a daqui. -o médico foi categórico.
A senhora baixinha segurou-me pela cintura e começou a guiar-me para a saída, mas ainda conseguir escutar o que eles diziam.
-Steven... Não adianta.
Minhas pernas fraquejaram não conseguir me segurar e deixe meu corpo cair.
Xxxx
Meus olhos estavam tão pesados, assim como o meu corpo, abrir os olhos bem devagar ardia como se tivessem areia.
Tentei virar para o lado oposto da janela, mas meu corpo parecia ter sido atropelado por cinco caminhões... Estava tão dolorido, parecia ter corrido meia maratona.
Espera ai... O dia ainda esta amanhecendo, mas...
-Oi. -falou meu tio sentado na poltrona próximo a janela, a penumbra do quarto deixou-me apenas ver sua silhueta.
-Edward... -Porque eu estava falando arrastado?!
-Como você estava muito agitada e nervosa os médicos lhe deram um sedativo... Pelo menos você conseguiu dormir um pouco meu anjo.
Ele levantou vindo em minha direção, acendeu a luz do pequeno abajur branco e sentou-se ao meu lado.
Seus olhos estavam vermelhos e inchados.
Meu Deus... Então não foi um pesadelo?!
Ouvir barulhos embaixo e olhei para Edward temendo a resposta.
-É o velório... Você precisa descer... Já, já será o enterro.
Assenti sem pronunciar uma palavra, não que eu não quisesse e sim por não conseguir.
Ele desceu deixando-me sozinha naquele quarto agora tão imenso.
Automaticamente procurei alguma roupa condizente com o que estava acontecendo e seguir para tomar uma ducha, deixei a água escorrer pelo meu corpo e sem querer minhas mãos pousaram em minha barriga.
-Depois que você apareceu em minha vida só tem acontecido desgraças... Infeliz. –não tive dó, e soquei minha barriga como se aquilo pudesse machucá-lo.
Sabia que não conseguiria machucá-lo sem ajuda.
-Você não vai ficar aqui por muito tempo...
(...)
Assim que desci, vi a pior cena da minha vida, segurei-me no corrimão da escada para não acabar caindo.
Um caixão ao lado do outro. Meu pai e minha mãe como sempre juntos em vida e agora em morte.
Minha avó Esme alisava o corpo do meu pai e debruçava-se em lagrimas.
-Isso é contra a lei da natureza Charlie... Os filhos não podem morrer antes dos pais.
-Calma Esme... -falou vovô Carlisle chorando ao seu lado.
-Carl isso é um pesadelo nosso filho morto.
Toda aquela atmosfera estava me deixando tonta.
Jacob e Alice vieram em minha direção e me abraçaram juntos.
Depois seguir para próximo a minha família, eu não conseguia para de chorar e tão pouco assimilava o que as pessoas diziam para confortava-me.
Aquela era minha dor e eu queria por para fora o máximo que conseguisse, sei que isso não traria meus pais de volta...Mas estava doendo tanto!
Meus tios ficaram todo o tempo ao meu lado.
Respirei fundo quando anunciaram que estava na hora de nos despedirmos.
Aproximei-me dos caixões, primeiro do meu pai.
-Te amo pai!-beijei sua testa.
E depois de minha mãe dando-lhe um beijo em seu rosto.
Minha mãe estava tão fria, passei a mão por sua face antes delicada e agora tão machucada.
-Amo tanto você... Adeus mãezinha...
Xxxx
Dois dias sem os meus pais, a sensação era terrível.
Meus avôs assim como meu tio Emm haviam partido logo depois do enterro, já que minha tia Rosálie havia ficando sozinha no hospital em Forks.
A casa que antes vivia em harmonia, agora era silenciosa, fria e nada comparada ao meu lar.
Agora não escutaria mais a voz doce da minha mãe, não levaria suas brocas quando chegasse tarde da escola, ou quando somente estava sem fome e não queria jantar... Não teria seu colo quando estivesse triste, seu cheiro reconfortante quando abraçava, ou simplesmente chegava toda animada do super mercado por que achou meus cupcakes favoritos, ou então quando virava uma grande chantagista sentimental e eu pulava abraçando seu corpo quente e aconchegante enchendo seu rosto de beijos.
Como doía pensar que não teria mais aquilo!
Peguei o porta retratos de cristais que minha mãe tinha ganhado de uma amiga da faculdade quando casou.
Passavam das 17h há essa hora minha mãe estaria na cozinha preparando algo para o jantar, meu pai ficava com ela fazendo companhia ou descascando batatas. E na hora que eles começavam a namorar eu sempre chegava pigarreando. Eu ri com essa lembrança.
Olhei para a foto e foi impossível não chorar, estávamos os três abraçados, tio Emmett que tinha tirado em Forks no dia de ação de graças.
Limpei as lagrimas e beijei a fotografia levando-a ao peito.
Em minutos perdi as pessoas que mais amei na vida e nada pude fazer para impedir isso.
Pelo menos despedir-me deles, dizendo o que sempre dizíamos ‘te amo’, nós três nunca nos envergonhamos de falar o quanto nós nos amávamos.
-Amo vocês...
amei seu blog flor
ResponderExcluirby:http://lolamantovani.blogspot.com/
http://coisinhasdalola.blogspot.com/
LOLA and COSON....UNTIL- DATIL- LOLITA CUM.
ResponderExcluirDIRTY GUY went rat with GROSS & BERRIRO.
And so did ROSEN with BALL.
FRANKLIN JONES now DOOMME- CASA DONASA DON- KIZ....and RON.
BUSH- RUSH- now onto the QUEEN and ARIZONA with EL SALVADOR.
AUSTRIA- TEXAS - THOOTES with SCHAR 169.
CALIFORNIA.
No longer everybody's COMSTUL.