segunda-feira, agosto 22, 2011

Short fic-Only For Love -Capítulo 2-I want to help you!


''Chorar é diminuir a profundidade da dor.''
(William Shakespeare)


Bella Pov’s


Passava das 3h da manhã, quando o celular de Edward tocou alto nos acordando. O aparelho estava ao meu lado na cama, estiquei o braço para pegá-lo, assim que olhei no visor uma raiva apoderou-se de mim, não era nada mais e nada menos que o playboyzinho mau-caráter do Jacob.
Fiz cara de desgosto quando percebi que ele acordou e esticou a mão em minha direção.
-Me dê. -sua voz estava rouca pelo sono.
Entreguei sem a mínima vontade. Todas as vezes que o Jacob ligava coisa boa não era.
-Oi... Fala ai cara. -houve alguns segundos de silêncio por parte do Edward que parecia atento ao que o Jacob falava.
-Claro que eu vou... Claro... Humhum... Eu, você e o Paul?-Olhou para mim, sorrindo.
Levantou-se da cama em um pulo, pegando a calça jeans que estava em uma cadeira velha no canto do quarto e sala de onde morávamos.
-Edward aonde você vai?!
Não houve resposta de sua parte. Entrou no banheiro com a calça e a uma camisa limpa nas mãos.
Levantei e vesti um short, já que tinha dormido apenas de regata e calcinha.
-Edward... 2h da manhã por Deus... Pra onde você vai?!
Seus olhos estreitaram-se em minha direção.
-Vou me divertir.
Cruzei os braços e encostei-me na parede do banheiro o observado pentear seus cabelos.
-Fica. -pedi. Não me importava em implorar, eu o queria aqui comigo bem do jeito que ele estava.
Edward não me respondeu. Um barulho alto ecoou pela casa eram Jacob e Paul buzinando alto em suas motos enormes.
-Vou indo amor, antes que acordem os vizinhos. -Beijou-me e saiu.
Dava para escutar a algazarra que eles faziam.
Até quando eu iria aceitar esse tipo de vida?!
O que eu estou fazendo com a minha existência?!
Respirei fundo resignada, não tinha mais nada para fazer a não ser voltar para minha cama quente e tentar dormir um pouco, mesmo com o lado dele vazio.
Ali mesmo na minha cama espaçosa e o edredom macio permitir-me chorar até adormecer.
Levantei-me com a forte claridade que saia pelas frestas e das finas persianas que faziam meus olhos arderem.
Estiquei minha mão para pegar o relógio despertador que ficava ao lado da cama no criado mudo 7h. Passei a mão pelo lado esquerdo da cama, e nada... Ele não havia chegado, o máximo que ele chegava era às 5h da manhã isso era preocupante.
Tomei uma ducha rápida, peguei as primeiras peças de roupa que achei um jeans, camiseta preta e um cardigan azul.
Onde o Edward poderia estar a essa hora?!
Estava completamente preocupada, ele saiu de moto pode ter se envolvido num acidente, não poderia?! E se tivesse feito um racha outra vez e terminou preso?!
Ai meu DEUS ou será que ele abusou das drogas e teve uma overdose?!
Ignorei completamente o mal estar que me acometia, peguei minha bolsa, já estava pronta mesmo. Sai sem rumo para procurá-lo, mesmo sem ter comido nada no café da manhã, há dias não me sentia bem.
Vamos lá Bella o Edward deve estar precisando de você!
Respirei fundo tentando controlar a leve tontura que estava e continuei a procurá-lo.
Não precisei caminhar por muito tempo, Edward estava sentado ao lado Jacob, o Paul não estava mais com eles, mas estavam com dois caras desconhecidos em um beco próximo da rua em que morávamos, e só os percebi ali porque falavam elevados demais, riam alto... Gargalhavam de algo.
-Man você viu a cara daquele otário?!-falava Jacob às gargalhadas, enquanto enxugava e coçava o nariz, na realidade todos riam alto inclusive Edward.
Eu estava horrorizada com aquela situação a minha frente.
Em uma pequena tábua estavam divididas fileiras brancas de pó certamente cocaína.
-Edward... - minha voz saiu esganiçada, aos poucos fui aproximando-me deles.
Ver o meu amor desse jeito, nesse tipo de situação era desconcertante demais.
-Fala ai Bellinha... –falou Jacob aos berros rindo apontando para mim.
-O que você ta fazendo aqui?-perguntou com desgosto. Ele também havia usado o nariz estava vermelho e fungava o todo o tempo.
-Eu fiquei preocupada com você. -cruzei os braços entre o peito. -Vamos pra casa Edward...
-VAI PRA CASA COM A MULHERZINHA... -debochou um dos caras.
-Isso mesmo... Vai pra casa Ed nos também vamos. -levantou-se o outro cara, limpando as calças, os outros homens seguiram seu gesto e levantaram-se, saindo do beco podre.
Assim que os três se despediram, o Edward partiu para mim completamente irado.
-Você não tinha nada o que fazer aqui. -suas mãos pareciam garras nos meus braços.
-Edward... Você está me machucando. -tentei sair de suas garras, mas sem muito sucesso.
-Pode ter certeza que vou machucar muito mais. -falou entre dentes.
-Edward... Para por favor!-implorei. Já estava com os olhos banhados de lágrimas.
-Agora vai pra casa... -soltou meus braços, mas seu olhar era furioso. Estava ficando com medo dele, muito medo.
Fiquei ali completamente assombrada, parada apenas olhando-o.
Ele percebendo minha demora em sair dali, voltou para trás com toda a fúria, empurrando meu corpo contra a parede pichada com força e apertou meu pescoço com cólera.
-VAI PRA CASA... Antes que eu não responda pelos meus atos. -Edward falava cada palavra pausadamente.
Mais antes que eu saísse dali, ele virou as costas me deixando sozinha naquele lugar fétido.
Obriguei-me a sair dali, mesmo com uma sensação horrível de vazio, estava derrotada.
Onde estava o meu Edward de antes de tudo acontecer?!
Eu queria salvá-lo mais como?! Será que ele não percebia que estava precisando de ajuda?! Mas eu não desistiria fácil dele. Nunca.

Cheguei em casa acabada, me sentia sem rumo, Edward sempre tinha sido a minha direção desde que nos conhecemos na faculdade.
Tomei um banho demorado para tirar aquele cheiro podre de mim, assim que me vesti, minha barriga começou a protestar de fome, não havia comido nada pela manhã. Vasculhei o armário e a geladeira procurando por algo para preparar, afinal de contas estava com fome e Edward sempre que chegava meio ‘estranho’ vinha faminto, procurando alguma coisa pelas panelas.
-Hum... É você mesmo macarrão. -peguei o pacote de macarrão, deixei em cima da mesa, enquanto colocava a água para ferver.
Peguei o molho de tomate pronto e botei no fogo.
Sentei em uma cadeira e debrucei-me sobre a mesa pequena da cozinha enquanto esperava o almoço ficar pronto. Sentia-me cansada, nos últimos dias ainda mais, e acabei cochilando.
Acordei com o estrondo forte na porta da frente, Edward estava trôpego, deveria estar bêbado também, se esparramou no sofá, e eu como não queria nenhuma confusão para o meu lado fiquei ali quietinha.
-BELLA...-chamou-me alto.
Fingi não ouvir, e continuei o que estava fazendo. Lavei algumas louças que eu havia sujado e voltei a minha atenção a comida que ainda estava no fogo.
-Caralho ta surda?!-bateu com toda força na fina mesa de granito, fazendo com que eu desse um pulo pelo susto que ele havia me causado.
Continuei calada, apenas fingindo mexer o molho de tomate.
Ele aproximou-se agarrando forte a minha cintura, afastou meus cabelos dos ombros e começou a me beijar a nuca.
-Hum... Cheirosa... Tomou banho agora?! -falou mordendo o lóbulo da minha orelha.
Assenti.
-Por que você não me esperou heim?!-suas mãos grandes apertavam meu quadril.
Com toda a certeza era sexo que ele procurava, todas as vezes que ele chegava desse jeito ficava insaciável.
Mas o cheiro forte que emanava do seu corpo, me enjoava,comecei a ficar gelada a minha boca salivava, sem conseguir falar uma só palavra o empurrei e corri para o banheiro.
Despejei apenas água, por que ainda não havia comido absolutamente nada, esses dias não estava me alimentando direito, meu estômago estava dolorido pela pressão e a força que eu fazia.
Eu não era nenhuma idiota, ou menininha para não entender o que estava acontecendo comigo e com o meu corpo. Não havia vestígios de menstruação a mais de quinze dias, meus quadris estavam mais largos, os meus seios levemente maiores, eu só não queria ainda aceitar.
Um barulho veio forte da cozinha, assim que sentir-me melhor escovei os dentes e sair do banheiro.
Meu Deus!
A cozinha estava completamente suja, Edward tinha derrubado a panela de macarrão.
-O que aconteceu aqui?!-perguntei rouca.
-Culpa sua... Saiu daquele jeito o negócio aqui estava queimando eu fui tentar tirar e esse caralho caiu. -explicou-se bruto.
A minha vontade naquela hora era apenas chorar, não apenas pela cozinha estar um completo caos, mas a minha vida estava uma merda, minha vontade era ligar agora para os meus pais ou meu irmão vir me buscar.
O que eu faria se fosse confirmada a gravidez?!
Estava perdida!
-Eu não estava me sentindo bem. -expliquei. Abaixei-me para pegar um pano para limpar aquela água cheia de óleo do piso.
Edward voltou a ficar atrás de mim, enquanto eu tentava limpar aquela sujeira.
-Sei bem... Você queria era fugi de mim.
Segurou forte em meus quadris, e puxou-me até o quarto.
-Edward... Para!
Ele veio para cima de mim, com as mãos fechadas em punhos. Os tendões destacando-se e segurou forte em meus braços.
Os dedos dele pareciam querer se encontrar de tão intenso que ele apertava os meus braços. Doía demais! Eu tentei me soltar de seu aperto esmagador, mas cada vez que eu o tentava ele me apertava mais ainda.
-Parar?! Você é minha mulher e eu tenho meus direitos sobre você. -falou irritando jogando-me na cama com força.
- Ed... Edward me... Solta! - tentei me soltar. . As lágrimas já caiam dos meus olhos, banhando todo meu rosto. - Você está me machucando! - berrei pra ele.
-Shi... Shi... Fica quieta, meu amor!-começou a acariciar meu rosto.
-Edward eu não estou afim. -ainda tentei me desviar, mas seu corpo já estava por cima do meu imprensando-me na cama.
Sem cerimônia ou se fazer de rogado Edward enfiou a mão por baixo do meu vestido e puxou a minha calcinha.
Quanto mais eu tentava o afastar, mas ele colocava força em seu aperto.
-NÃO QUERO. -gritei.
-Cala a boca vadia. -segurou forte o meu queixo.
Não sei onde arranjei força, mas eu conseguir empurra seu corpo para o lado, mas o tempo não foi o suficiente para que eu corresse para longe dele, Edward me alcançou puxando forte pelos meus cabelos e derrubando-me no chão.
Sua mão fez um nó em meus cabelos e puxava com muita força, virou-me de modo que eu ficasse de barriga para cima e subiu em cima das minhas pernas se sentado ali para me prender, já que eu me debatia.
-Você é M. I.N.H. A.  M. U. L.H. E. R.-falava alto e lentamente.
Começou a afrouxar o laço do meu vestido sem pressa. E eu a me debater em debaixo dele, com as mãos soltas conseguir lhe socar o peito, mais meus socos era débeis eu era impotente naquele momento.
Sem ao menos eu estar esperando ele desferiu um forte tapa no meu rosto, nossa como aquilo doeu e ardeu.
-AI... -gritei chorando ia começar tudo de novo, todas as vezes que o Edward chegava em casa drogado era a mesma coisa.
Puxou-me pelos braços com força e jogou-me novamente na cama. Tirou as roupas rapidamente e voou para cima de mim.
-Não vou te foder no chão.
Infiltrou-se no meio das minhas pernas afastado-as, e me penetrou com força. Como eu não o correspondia, novamente tapas, mas dessa vez pelos braços e pernas.
Eu só conseguia chorar.
- Meu Deus Edward... Pára. - eu me sentia fraca e enjoada.
- Para de chorar! – ele falou agressivo.
Depois que o seu corpo estava saciado, tombou do meu lado e logo em seguida dormiu.
Mais uma vez acordei com meus olhos doendo e ardendo de tanto chorar. Só que dessa vez eu tinha mais do que razão para isso, poderia estar grávida e o Edward andando desse jeito não sei quanto tempo mais eu o suportaria.
-Ai... -gemi de dor ao tentar levantar-me, meu corpo esta dolorido demais.
-Bella?! Amor o que foi?!-passou a mão do meu lado da cama para tocar-me.
-Nada. -respondi com a voz embargada.
Com certeza ele já estava caindo em ‘si ‘ acendeu a luz do abajur e virou-se para olhar-me.
-Eu te bati novamente?!-falou acariciando meu rosto retrair-me um pouco com aquele afago.
Apoiei-me no criado mudo para levantar-me, mas as minhas pernas pareciam gelatinas de tão moles, minhas costas estavam me matando, mas o pior era a dor que eu tinha na alma.
Edward pulou da cama e correu até mim, para ajudar-me a levantar.
-Eu estou bem Edward.
-Não, não esta nada bem... Você esta machucada.
-Tudo bem Edward. -tentei sorrir, mas não o enganei muito.
-Pare de dizer que estar tudo bem... Porque não esta.
Ajoelhou-se agarrando a minha cintura, pousando a cabeça em minha barriga.
-Me perdoe Bella... Perdoa-me meu amor!
Ele chorava, enquanto eu acariciava seus cabelos cor de bronze. Sabia que o que ele havia feito tinha sido por efeito das porcarias que tinha usado.
Abaixei-me e segurei o seu rosto entre minhas mãos pequenas.
-Edward...
-Eu preciso ouvir que você me perdoa meu amor!-ele implorava ainda de joelhos.
-Não quero te pressionar a nada Edward... Mas eu preciso que você mude... Isso esta acabando com a gente. -consegui expressar-me mesmo através dos soluços.
-Eu... Eu quero mudar Bella, me ajuda?!
-O que eu não faço por você Edward?!
....
Olhei-me no espelho, havia algumas marcas roxas pelo meu corpo, mas já estavam clareando.
Há uma semana o Edward não usava aquelas porcarias, agora só me faltava contar a ele sobre a gravidez que foi confirmada dois dias depois daquele episódio fatídico.
O Edward estava até disposto a procurar o seu pai, e eu claro dava a maior força.
Afinal sempre vai haver uma luz no final do túnel, mesmo sendo fraca cabe a cada um enxergá-la. E eu tinha esperanças que no final tudo daria certo e voltaríamos a ser como antes.

Always Love You capítulo 17-Conversa Fraca (Parte II)


"Só quem entende a beleza do perdão pode julgar seus semelhantes."
(Sócrates)



Pov.Bella


 -Espere!-espalmei minhas mãos em seu peito para nos  separarmos.
-Desculpe... Foi... Curiosidade. –passou a mão em seus lábios tirando a mancha do meu batom que estava impregnado em seus lábios.
-Curiosidade?!-perguntei confusa.
-Queria saber se o seu gosto continuava o mesmo. –lançou-me aquele sorriso torto que sempre fazia meu coração perder uma batida.
-Okay. -foi impossível não lhe retribuir o sorriso.
Ficamos alguns minutos em silêncio, até que eu resolvi quebrá-lo.
-Eu sinceramente não lembro...
-Você acha que eu estou mentindo?
-Edward você não percebe que existem várias lacunas nessa história?
-Bella eu te vi na minha... Na nossa cama com outro cara e ele a todo o momento falava em nosso bebê. -passou as mãos pelos cabelos exacerbados, sentado-se na cama.
-Aquela noite esta tão embaçada em minha mente.
Seus olhos azuis olhavam-me tão profundamente que pareciam querer me decifrar, sentei-me ao seu lado.
-Edward eu juro, não sei como vim parar aqui com o Riley...
Memória Onn
O som era , aquilo tocava muito alto, não estava me sentindo nada bem, só estava aguentando aquela festa pela insistência do Riley que dizia que eu iria decepcionar Alice se fosse embora.
Edward estava logo em frente conversando animadamente com o Jacob, logo as meninas arrumaram companhia e eu ali na pista de dança apenas com o Riley conversando coisas que eu nem estava entendendo... E e tão pouco fazia questão de entender.
-Bells e ai ta feliz?-perguntou-me dançando.
-Humhum...
-E o bebê como está?
-Bem... -respondi confusa, além do Edward e eu a única pessoa que sabia era Alice... Não era?!
-Os Cullens ficaram felizes com a notícia?! Dele claro. -falou apontando para minha barriga.
-Riley... É...
-Tudo bem Bella. -sorriu. -Quer uma bebida?
Qualquer coisa para livra-me daquela conversa desagradável e muito desconfortável, tinha algo no Riley que me causava arrepios. Nunca gostei dele.
-Claro, uma bebida seria ótimo.
-Já volto. –disse alisando meu braço esquerdo.
-Humhum...
Vagueei meus olhos até onde estava meu namorado, mas a bruxa da Rosálie estava ali, então eu não iria me aproximar.
-Aqui sua bebida. -entregou-me uma taça com um líquido azulado.
-Obrigada.
Voltei a minha atenção para algum ponto a minha frente, queria me desvincular daquele cara ao meu lado.
-Não vai beber?! Não tem álcool.
-Claro.
Olhei para a taça fascinada pelos coloridos que continham nela e beberiquei a minha bebida azul. Dava para sentir o docinho da soda e o azedinho do suco de limão. Até que o Riley acertou na escolha da bebida.
Tomei todo o coquetel e nada do Edward voltar, aquilo estava me deixando mais do que irritada, pelo menos tinha alguém para não me deixar no vácuo, olhei para o lado e sorri.
Alguns minutos depois, senti meu estômago embrulhar, minhas mãos começaram a suar. Respirei fundo algumas vezes até pedir para o Riley ajudar-me ir até o Edward.
-Você esta passando mal?-perguntou-me segurando em meu braço.
-Não sei... Chama o Edward?
-Ele não esta mais por aqui Bells, melhor subirmos e depois eu procuro por ele.
Assenti. Segurou minha mão abrindo caminho  entre as pessoas.
Procurei entre os que ali estavam o rosto do Edward ou Alice, mas apareciam apenas borrões em minha frente.
-Droga Riley tinha álcool no meu coquetel?-perguntei meio que atropelando nas palavras.
-Não Bells, por quê?-perguntou polido.
-Não sei, só não estou bem... -minha mente estava confusa era como se eu estivesse bêbada ou algo do tipo.
-Vem... –puxou-me e simplesmente o acompanhei, era como se eu não tivesse vontade própria. -Senta aqui...
Respirei fundo olhando ao redor, parecia que ele havia me levado para um jardim escuro, nada comparado ao iluminado onde estava rolando a festa.
-Bella você esta um pouquinho fria. -falou preocupado.
Tirou o casaco que estava vestindo e o levou para meus ombros.
Eu queria falar algo, abri a boca várias vezes, mas não estava conseguido escolher as palavras corretamente.
-Fica calma Bellinha.
Levou bem devagar a minha cabeça até seu peito e até que perdi o foco nas coisas e aos poucos tudo foi se tornado escuro.

Memórias off
Ficamos calados por minutos, o que mais me apareceram horas, e essas horas passavam lentamente e a cada batida era como se fosse uma sentença para decisões que acarretaria, não apenas ao Edward como a mim, mas principalmente a um fruto que é a coisa mais importante em minha vida, Claire tinha sido o fruto de um grande amor naquele momento, e por algum motivo se perderá pelo caminho da desconfiança, intrigas, trapaças, mentiras.
-Bella ele te drogou... Por Deus você estava grávida... Poderia ter perdido minha filha. -falou levantando-se da cama, andando de um lado para o outro.
-E você levou quatro... Quatro míseros anos Edward para perceber isso?!-balancei minha cabeça exasperada.
-Ponha-se no meu lugar Bella... Eu te vi nua, na minha cama com um cara por cima de você nú... O que você queria que eu pensasse?
-TUDO... QUERIA QUE VOCÊ PENSASSE TUDO... MENOS QUE TE TRAI.
Eu precisava gritar, minha mente gritava há muito tempo que eu precisava descarregar tudo o que eu estava sentido.
Olha só em que esse sentimento me transformou...vingativa, amargurada, eu não queria isso para minha vida, nunca havia planejado viver desse jeito.
-Bella... Mas como isso pode ter acontecido?E qual o motivo?-Edward aproximou-se segurando em meus ombros, fazendo com que eu sentasse ao seu lado. -Eu preciso entender porque fizeram isso com a gente... -sua expressão era atormentado.
-Eu não sei quem fez, e qual o motivo dessa armação... Mas conseguiu o que queria não é Edward?!
-Assim que eu descobrir quem fez isso eu juro que eu mato.
O olhei e ri sem humor nenhum.
-Sabe quem foi o maior culpado de tudo?!VOCÊ... O seu amor por mim, não era o suficiente para perceber como eu estava?
-Até quando você vai por a culpa em mim?!
-Eu estou cansada... Não quero mais conversa sobre isso...
-Você não tem idéia de tudo o que eu passei Bella quando eu te vi, saindo por aquela porta. -seus olhos estavam marejados e ele não fazia nenhuma questão de esconder-me isso. -, você não tem idéia, então não venha me criticar.
-E você não sabe o que eu passei quando sai por aquela porta Edward.
-Hum... -riu irônico. -O que você passou?!Okay Bella o que você passou?!
Soltei sua mão que segurava a minha possessivamente.
-Por que a ironia?!-perguntei irritada.
-Nada... Apenas quero te ouvir.
Seus olhos seguiam à medida que eu caminhava de um lado pro outro do quarto com as mãos na boca.
-Eu te implorei para ficar Edward e o que você fez?! Expulsou-me... –virei para olhá-lo, eu queria cuspir na sua cara tudo o que ele fez comigo e o nada que ele fez por Claire. – E EU ESTAVA ESPERANDO A SUA FILHA.
-Bella... – levantou-se vindo em minha direção, tentando argumentar.
-Não Edward, eu preciso falar tudo o que estar entalado há tempos aqui. -levei uma das minhas mãos para a garganta.
Voltou a sentar-se com as mãos no rosto, depois voltou seu olhar para mim.
-Você sabe o que eu senti quando sai por aquela porta?! Não você não sabe. Eu... -apontei para o meu peito. -sofri o pão que o diabo amassou, sentia-me sozinha, humilhada, ultrajada e o pior de tudo sentia-me vazia... Sim Edward Cullen, vazia, pois o homem que eu amava estava me apunhalando não pelas costas mais sim no meu coração o fazendo sangrar... VOCÊ DESTRUIU TODOS OS MEUS SONHOS DE FELICIDADE CULLEN.
-JÁ CHEGA BELLA. -gritou encolerizado. -Eu não quero ouvir mais nada. Você também não sabe o que eu passei, sem você... Por tanto não fale mais nada... Dói demais ouvir. -sussurrou essa ultima parte.


                   

       Some things we don't talk about
Há algumas coisas sobre as quais não falamos 
Rather do without
Melhor continuarmos sem 
And just hold the smile
E simplesmente segurar o sorriso 
Falling in and out of love
Caindo dentro e fora do amor 
Ashamed and proud of
Envergonhado e orgulhoso 
Together all the while
Juntos todo tempo 


-Você vai ter que me ouvir Edward, vamos conversar como dois adultos que somos... Será a nossa última conversa, a mais franca de todas.
Voltei a sentar-me ao seu lado me sentido derrotada, não havia perdedores ou ganhadores na nossa história, nós dois fomos enganados, acho que a pessoa que fez isso conseguiu o que queria nos separar para sempre.
Assentiu fitando-me com aqueles orbes tristonhos.
--Eu nem sabia o motivo de ter sido expulsa... Nós estávamos bem, tínhamos feito planos para o futuro... E simplesmente você volta bêbado, abre o meu armário enfia minhas roupas numa mochila... -Aquelas lembranças eram aterrorizantes para mim, as lágrimas grossas teimavam em manchar minha pele, a minha voz já saia esganiçada tinha um nó enorme em minha garganta, e eu não conseguia desfazê-lo.
Ele abriu a boca para falar algo, mas espalmei minha mão sobre os seus lábios para pará-lo.
-... Puxa pelo meu braço, e me joga na rua como se eu fosse uma qualquer... Edward você tem noção de quanto aquilo me feriu?! Aquilo só não me matou porque eu tinha a Claire dentro de mim.
-Você sempre vai saber e acreditar apenas na sua dor Bella, não a minha... –Murmurou.
You can never say never
Você nunca pode dizer nunca 
While we don't know when
Ainda não sabemos quando 
Time and time again
Mas de novo e de novo 
Younger now then we were before
Mais jovens do que éramos antes 
Don't let me go,
Não me deixe ir, 
Don't let me go,
Não me deixe ir, 
Don't let me go,
Não me deixe ir, 
Don't let me go,
Não me deixe ir, 
Don't let me go,
Não me deixe ir, 

-Eu não estou dizendo que você não tenha sofrido Edward. Estou apenas constatando que em nenhum momento você acreditou em mim.
                      Memória onn    
A minha cama nunca pareceu tão aconchegante quanto agora.
Espere. Como eu vim parar no meu quarto?!Só pode ter sido o Edward. Sorri.
Levantei-me da cama rápido demais e por isso sentir uma leve tontura, o que me fez sentar novamente, minha boca está amarga, minha mente parecia estar aérea, a casa estava silenciosa demais, nunca era assim. Rosálie sempre estava reclamando de algo, e Esme ou Carlisle lhe dando uma bela bronca, o Edward quando não estava tocando violão era o piano, mas não a mansão estava num silêncio mortífero.
Assim que a tontura passou, reunir forças, nem sei de onde, e levantei-me rumo ao banheiro.
Depois que me troquei decidir descer, para ajudar a cozinheira a preparar o café da manhã, Edward não gostava quando eu fazia isso, dizia que eu era a sua namorada e não mais uma empregada, mas eu gostava de retribuir de alguma forma a estadia que os Cullens me deram, mesmo não trabalhando mais para eles.
Quando estava próxima a porta girando a maçaneta, empurraram-na  violentamente, se eu não conseguisse desviar  teria me atingindo com certeza.
Edward parou em minha frente com a mesma roupa que estava na festa, sua expressão era grave, havia um misto de sentimentos naquele olhar, por ele ser muito claro deixava transparecer tudo o que estava sentindo, raiva, desgosto, repugnância, mais o que mais me abalou era ver que aqueles olhos azuis havia dor, muita dor.
Aquilo de alguma forma me fez ficar completamente arrepiada, me abracei, sabendo que havia algo de errado com ele, o semblante Edward estava transtornado.
Seu olhar gélido deixava-me muito pior, ele nunca havia me olhado com ódio?!Sim aquilo que eu conseguia ler em seu olhar era ódio.
-Edward...?!-perguntei baixo, com medo de sua reação. Abracei o meu corpo, como se naquela posição eu pudesse de alguma forma tentando aquietar o meu coração.
Meu coração me dizia que eu estivesse preparada, pois meus sonhos seriam esmagados sem dó.
-O que você ainda faz aqui pilantra?!-tanto a linha da sua boca quanto o maxilar estavam travados.
O olhei confusa, ele estava brincando. Não estava?!
-Edward?!
Partiu para cima de mim, segurando forte em meus braços.
-Você é tão vagabunda Isabella que haje como se eu fosse um idiota. -vociferava com grosseria.
-Eu... Eu... –fiquei tão atônita com aquela , que nem uma palavra coesa eu conseguia formar.
-Não quero mais você aqui... Vai atrás do PAI DO SEU BEBÊ.
-Meu Deus Edward o que houve?!O pai é você... Eu nunca tive outro. -não consegui me conter e comecei a chorar. 
Riu com escárnio.
-Eu sou o pai?!-levou as mãos à cintura e andou de um lado para o outro.
Edward não estava brincando para a minha completa desgraça.
Eu simplesmente não conseguia parar de chorar, meus soluços sôfregos insistiam em sair.
-Suas lagrimas não me convencem... -voltou a rir sem humor.- Na realidade o que eu ainda to fazendo aqui que não te escorracei?
Afastou-se de mim, abriu o meu armário, pegou minha mochila e começou a enfiar as roupas ali dentro.
Segurei em seu braço para que parasse o que estava fazendo apenas para ouvir-me, mas foi inútil ele empurrou-me.
Sem reação apenas esperei arrumar as minhas coisas,  afinal a casa era dele, e no mais, no fundo, eu tinha esperanças que fosse apenas uma brincadeira, ou ele caísse na real.
Doce engano, ele voltou a aproximar-se de onde eu estava sentada e jogou a mochila em minhas pernas.
-F. O.R.A. - falou cada letra bem devagar.
Só aí eu cair na real.
-Edward... Por Deus não faz isso, me explica o que aconteceu.
Respirou fundo tentando controlar-se, mas os nós dos seus dedos estavam brancos pela força que fazia no punho.
-Vai embora sua vadia, sai da minha casa, me esquece. Você acha que vai me enganar ME DANDO O GOLPE DA BARRIGA? – ele gritou, eu apenas chorava meu corpo todo tremia da reação inesperada de Edward. 
-Edward, pelo amor de Deus me escuta. – falei chorando.
 Segurou forte meu braço e com a outra mão pegou a minha mochila sem nenhuma dificuldade.
-Sai da minha casa vagabunda  - falou entre dentes, com uma fúria até por mim desconhecida.
Olhei para Esme e Carlisle em súplica já que eles presenciavam tudo com horror, mas não se manifestaram e Rosálie com a maior cara de felicidade.
O que eu fiz para ela me odiar tanto?!
Seus pais não me ajudariam, então resolvi implorá-lo pela ultima vez. 
-O bebê é seu, pelo amor de Deus não me manda embora, me ajuda  eu não tenho ninguém, não tenho pra onde ir, não me abandone. – sussurrei essas últimas palavras. 
- FORA DA MINHA VIDA SUA PUTA, QUERO MAIS QUE VOCÊ E ESSA COISA QUE VOCÊ CARREGA MORRAM. – gritou e me jogou pra fora daquela casa.
Nada, completamente nada, tinha me doido tanto na minha vida quanto sua ultima frase, é como se ele enfiasse um punhal em meu peito e rasgasse meu coração. Ele desejava a morte de sua própria filha.
Meu Deus!
Nem que Edward me batesse, ou melhor, me espancasse doeria tanto quanto estava doendo... Eu estava sangrando!
Depois dessas palavras eu não ia mais implorar para ficar, como eu estava fazendo ou humilhar-me mais.
Assenti. Engasgada eu não tinha condições alguma de responder, joguei minha mochila no ombro e sai rumo ao desconhecido... Apenas com uma mochila nas costas.
Sair sem rumo e sem olhar para trás. A forte chuva encharcava minhas roupas, mas eu não estava nem ai, queria apenas correr para longe dali o mais rápido possível.
Só não conseguir entender todos os impropérios que ele falava, nada fazia sentido para mim, a única coisa que me matava eram as palavras dele.
‘’FORA DA MINHA VIDA SUA PUTA, QUERO MAIS QUE VOCÊ E ESSA COISA QUE VOCÊ CARREGA MORRAM. ’’
Memória off
-Me perdoa... -falou pegando-me de surpresa. -Você não tem idéia de como aquilo doeu, pode ter certeza que aquelas palavras doeram mais em mim.

Picture you're the queen of everything
Imagine que você é a rainha de tudo 
Far as the eye can see
Na medida em que os olhos podem ver 
Under your command
Sob seu comando 
I will be your guardian
Eu serei o seu guardião 
When all is crumbling
Quando tudo está desmoronando 
I'll steady your hand
Vou segurar firme a sua mão 

Minhas mãos voaram até meus cabelos os puxando para trás.
-Talvez Edward... Não éramos para ser um do outro.
-Eu nunca esqueci-me você Bella. Todos os dias nesses quatro anos não houve um mísero instante que eu não sentisse o seu cheiro, a sua voz macia, seu jeito. -falava com pesar.
-Agora olhando as coisas por outro ângulo e com mais calma você foi tão ou mais prejudicado do que eu. -lhe falei com sinceridade.
Novamente houve uma pausa na nossa conversa.
Edward parecia pensar se me contava algo ou não porque abria a boca, mas logo tratava de engoli o que queria dizer, até que seus orbes azuis cruzaram-se nos meus. Respirou fundo, acho que para criar coragem suficiente.
-Eu me senti um completo merda quando fui te procurar na casa da Alice e vi você saindo toda animada com um cara. -Mas logo em seguida baixou a cabeça e riu sem humor.
-Você foi me procurar?-perguntei pasma.
Eu não podia... Eu nunca acreditaria se alguém me dissesse que Edward havia indo me procurar, se aquelas palavras não tivessem sido proferidas por sua boca. Ele havia indo me procurar, nosso ódio, nossa vida, não passava de desencontros e mal entendidos.
You can never say never
Você nunca pode dizer nunca
While we don't know whem
Ainda não sabemos quando
Time, time and time again
De novo, de novo e de novo
Younger now then we were before
Mais jovens do que éramos antes
Don't let me go,
Não me deixe ir
Don't let me go,
Não me deixe ir
Don't let me go,
Não me deixe ir
Don't let me go,
Não me deixe ir
Don't let me go,
Não me deixe ir
Don't let me go

-Sim... Eu fui disposto a te pedi desculpas e te trazer de volta para casa... Nossa casa.
Pov.3ª Pessoa.
Enquanto Edward e Isabella entravam em um consenso sobre suas brigas e separação infundada, na sala da mansão dos Cullens...
-Esta tarde! É melhor chamarmos a Bella. -falou John olhando seu Tag Heuer.
Mas em nenhum momento John estava preocupado com o horário, a sua única obsessão era Isabella. E se ela se acertasse com o Cullen?!
-Não. -pronunciou-se Carlisle olhando para a sua neta inquieta no colo de sua esposa. -É melhor resolverem tudo... Por essa bonequinha aqui. -apontou para a menina que tinha os olhos tão azuis quanto os do pai.
No fundo John sempre soube que esse dia chegaria, mas não sabia que seria assim tão rápido, já que ele mesmo se incubia de nutrir a raiva que Isabella apresentava pelos Cullens, ele mesmo a incentivou a vingar-se.
-Vovó quelo a mamãe e o papai. -pediu a criança com os olhos pesados pelo sono, para a Esme.
A cada vez que a menina lhe chamava de avó Esme sentia seu coração inflar de tanta felicidade. E ao olhar aqueles orbes azuis, se perguntava como conseguiu viver sem o pequeno anjo que acabará de entrar em sua vida. E sorriu para a neta.
John sentiu que não deveria estar ali, concluiu que pela demora eles se acertariam, sentia uma raiva espantosa dele por ter deixado aquela situação periclitante acontecer.
Sentia pela primeira vez o gosto amargo da derrota, ter Isabella em seus braços havia sido a maior vitória que aconteceu em sua vida.
Nunca gostara realmente dela, mas sentia-se atraído pela mulher do seu falecido amigo Garrett achando que o atingiria se desse em cima dela. No seu íntimo John sempre teve inveja do seu amigo desde a tenra infância e principalmente depois que o Garrett havia construído o seu império.
Derrotado, mas sem deixar transparecer, levantou-se da chaise macia de Esme e resolverá partir.
Do outro lado do quarteirão Rosálie discutia com o marido pelo mesmo assunto que fora sua prioridade sempre, Edward e Isabella.
Ela simplesmente não deixaria barato, o que lhe fizeram expulsando-a da mansão pela piralha.
-Rosálie, eu queria entender por que tanto ódio pela Bella. -inquiriu Emmett que já vestia seu pijama para mais uma noite ao lado da mulher que casou amando-a, mas que de uns tempos para cá foi perdendo todo o encanto, seu casamento agora era apenas fachada, não por querer manter as aparências, mas por achar que um dia Rosálie se desse conta da burrada que cometera em afastá-lo. Sua mulher tornou-se fria com ele, ou melhor Rosálie era uma verdadeira pedra de gelo.
Todas as vezes que o seu marido a procurava na cama, sempre estava indisposta, oras com dor de cabeça, cansada com o dia exaustivo do trabalho, ou até mesmo fingia que suas regras haviam descido.
-Não enche Emmett... A Bella é uma ridícula que se deu bem na vida e ponto. Vai dormir que não quero mais falar sobre isso. -Virou-se dando as costas para seu marido, e fechou os olhos, mesmo sem sono sempre fingis que adormecia rápido.
Mas sua mente trabalhava a mil, tentava maquinar algo, que fosse definitivo, não suportaria ver Bella e Edward juntos outra vez, se fosse preciso venderia a alma para o diabo, mas o irmão nunca, nunca ficaria com Bella.
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Continuação do Pov Bella
Levantou as sobrancelhas em minha direção sua carranca era de completa dor.
-Mas você parecia estar tão bem ao lado desse homem... E... Você não sabe como eu quis a sua morte naquela noite.
-Você desejou minha morte?! -sentia-me ferida, mas ao mesmo tempo um algoz que havia ferido uma outra pessoa...Sendo essa que mesmo tendo me expulsado de sua vida, eu não tinha deixado de amar.
-Não me entenda mal Bella, mas sim, eu estava transtornado preferia te ver morta, ao te ver com outro homem.
Engoli em seco o que estava prestes a dizer, apenas fiquei fitando-o.
-Eu esta disposto a engoli meu orgulho por você... -continuou. -Mas pela segunda vez você me destroçou. -sua voz débil.
-Eu destrocei?! Poupe-me Edward. – rolei os olhos. Era muito conveniente para ele por a culpa apenas em mim, pelo nosso desentendido.
Levantou-se indo até o criado mudo para pegar sua carteira de cigarros e o isqueiro o acendendo.
-Na minha época você não fumava. -apontei para o cigarro entre seus lábios.
Ele tirou de sua boca e balançou entre os dedos.
-Na sua época, eu não fazia a metade das merdas que faço hoje. –riu deixando-me encantada pelo seu sorriso torto pela primeira vez desde que partir, pela primeira vez permitir-me lhe retribuir seu sorriso sincero. -Quer que eu apague?!
-Oh... Não, não precisa.
-Acredito que tenha sido... Precipitado em te expulsar de casa carregando e amaldiçoando a minha filha o... Que... Eu juro que me arrependo Bella, mas você não deixou a poeira abaixar e foi logo se entregando para outro.
-Você diz que acredita em mim, mas no mesmo momento desconfia. -falei olhando em sua direção com seus olhos cravados no meu.
-Não é desconfiança, é constatação, dias depois te vi saindo com um homem, Alice e o namorado dela. É mentira minha Bella?!-perguntou com o cenho franzido.
-Eu estava perdida, eu me sentia sem rumo... Não tinha ninguém, como eu ia criar a minha filha, sem casa, sem grana, sem emprego porque quem seria esse que me daria um emprego estando grávida?! Ninguém Edward. O Garrett foi o anjo que Deus colocou em minha vida... Quer dizer na minha e da Claire.
Ele estava pensativo, assimilava as minhas palavras sem objeção, levantou-se seguindo em direção a sacada, com o cigarro entre os lábios.
-Pelo menos vocês eram felizes?-perguntou-me baixo, mas não tão baixo o suficiente que não desse para que o ouvisse.
-Eu não vou dizer que fui feliz em meu casamento, porque não fui. -comecei a falar tudo o que eu precisava para ele.
-Então por que continuou casada se estava infeliz?!Porque se você fosse apaixonada eu poderia até entender.
Seguir até onde ele estava debruçado ficando ao seu lado, seu olhar estava distante. Parei por um tempo contemplando a beleza do jardim iluminado.
Balancei minha cabeça rindo. Ele parecia estar com ciúmes?!
-Meu amor pelo Garrett... Foi muito mais do que paixão. Sou grata a ele por tudo o que sou hoje.
-Gratidão não é amor Bella.
O ignorei e continuei.
-Foi o Garrett que estava comigo,quando eu tinha pesadelos com você, foi ele também que segurou minha mão na hora do parto, Foi o Garrett a primeira pessoa que a Claire chamou de papai, foi para ele Edward que ela correu quando levou o primeiro tombo, foi ele também que me fez o que eu sou, sem me pedir nada em troca. -foi inevitável não chorar por ele.
-Então você o amou?!
-Ainda o amo, mas não do jeito carnal.
Limpei as lágrimas de tristeza que persistiam em cair. Garrett era tão bom, não merecia o fim que teve.


We're falling apart
Nós estamos nos separando
And coming together again and again
E chegando juntos novamente e novamente
We're growing apart
Nós estamos distanciando um do outro
But we pull it together,
Mas nós nos mantemos juntos
Pull it together, together again
Nos mantemos juntos, juntos de novo

Contei toda a minha história e do meu falecido marido para Edward que escutou tudo atento e boquiaberto.
E por fim acabou agradecido ao Garrett por tudo o que fez por nós.
-Me perdoa. -sussurrou próximo ao meu ouvido causando frêmitos, que garanto que não eram causados pelo frio da madrugada de LA.
-Hum...Tenho que ir. –falei depois que olhei o relógio constatando que passava das 2h da manhã.
Seu rosto estava sério, mas depois sorriu.
-Fica... Eu preciso que você me perdoe Bella.
Tracejei seu rosto com a ponta dos meus dedos fazendo fechar os olhos.
-Tudo não passou de um mal entendido Edward... Tudo bem.
Segurou minha mão que estava em seu rosto e levou até os seus lábios.
-Você sofreu tanto por minha culpa.
Seu rosto que antes estava sereno tornou-se triste, seus orbes azuis se perdiam na imensidão das lágrimas que inundavam.
-Se certas coisas não tivessem acontecido, eu nunca seria quem sou hoje.
Puxei seu rosto deixando-o próximo do meu e dei-lhe um beijo em sua fronte.
-Você poderá ir visitar a Claire quando quiser. -sorri.
Não havia motivos para afastá-lo da filha... E eu não queria me afastar dele.
Mais isso não ficaria assim, eu vou descobri quem fez isso com as nossas vidas e juro que não queria estar na pele dessa pessoa.
Voltei para o quarto, peguei minha bolsa para ir embora com tudo esclarecido, como deveria ser desde o começo.
-Bella... De uma forma ou de outra eu e meus pensamentos sempre estiveram com você. -falou com a voz embargada.
Não virei para olhá-lo, porque se o fizesse me jogaria em seus braços e mataria toda a saudade que eu sentia, do calor do seu corpo colado com o meu.
Segui. Aos poucos a vida me mostraria se eu devo lutar pelo meu amor de toda uma vida ou simplesmente desisti de tudo.

Don't let me go,
Não me deixe ir
Don't let me go,
Não me deixe ir
Don't let me go,
Não me deixe ir
Don't let me go,
Não me deixe ir
Don't let me go,
Não me deixe ir
Don't let me go (x2)
                                       Não me deixe ir