quinta-feira, agosto 18, 2011

Learning To Love-Aprendendo a amar-capítulo 4-Inôcencia Roubada.


“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente”.
(William Shakespeare)


Pov.Bella

Eu não podia acreditar que aquilo um dia aconteceria com alguém próxima a mim... Pior ainda, aconteceria comigo. Meu corpo todo mandava terminações nervosas o que fazia apenas se convulsionar.
-Relaxa meu amor senão vai doer. - falou abocanhando meu seio com força demasiada. Eu não conhecia aquele lado sinistro, abominável do Mike que sempre se monstrou ser um cara legal. 

Eu apenas chorava muito. Era a pior das sensações esta sendo coagida daquela maneira, o meu príncipe estava se tornando um sapo terrível.
-Mi... Mike. - conseguir engolir o meu temor e falar. -Por favor, não... Faz isso.

Não adiantou nada. Mike jogou-se em cima de mim beijando-me e abocanhado meus seios com mais ardor.Parou para olhar para mim dando-me um sorriso, não um sorriso feliz, mas um sorriso perverso.

Voltou a me beijar e a passar a mão pelo meu corpo me puxando mais para ele.  

-Vamos começar a brincar boneca. –Era nojento, me dava ânsia de vomito.

-Não... Mike, não faz isso comigo eu... te...te Imploro. -humilhava-me diante dele, mas apenas o excitava mais. Sua ereção era visível ele acariciava seu membro ainda coberto.

Num átimo sua calça já não estava no seu corpo, mas ele continuava a acariciá-lo por cima da sua boxer branca.Puxou-me pelos cabelos, olhando-me com os olhos negros de desejo, começou a passar a língua em minha boca, e eu prendia os lábios para que ele não se infiltrasse ali.

-Quando você passava por mim na escola. -continuava a lamber-me. -Eu pensava... Quando é que eu vou comer essa bocetinha. – falou infiltrando as mãos por baixo do meu vestido.

Nunca tinha me imaginado numa situação daquelas. Seus dedos tocaram a minha entrada intacta, afinal eu era virgem, e não tinha planos de acabar com isso tão cedo. 

Meu sonho era entrar de branco numa igreja, sim branco por que tem todo aquele ar de candura e inocência, eu queria perder a minha pureza apenas com o meu marido, na minha lua de mel e ele estava presente nesse sonho afinal ele era o meu príncipe até então.

Mas o Mike estava conseguindo acabar com todos esses sonhos. Uma fúria apoderou-se do meu corpo e cravei minhas unhas no seu ombro.

Olhou-me com uma ira tão grande, que eu não poderia saber nem se sairia dali viva.

-Olha o que você... Fez sua vadia. - desferiu um tapa tão forte em meu rosto, que imediatamente eu senti o gosto de ferrugem e algo quente escorrer pelo canto da minha boca. -Veja o que você me fez fazer Bella... VEJA. –gritou.
Passou a mão pelos cabelos nervoso. Sua mão continha meu sangue. O que mais me deu medo, deixando-me aterrorizada, foi ele sugar todo o líquido vermelho que escorria.

Sem mais demoras ele puxou-me fazendo o meu sexo encosta-se no dele, começou a movimentar os quadris. Senti seu membro duro em mim.
Afastou-se por segundos arrancando sua boxer do corpo jogando-a em qualquer lugar do carro.

-Agora abre as perninhas amor.

Eu não podia fazer mais nada, não conseguia argumentar com aquele homem bêbado e cheio de desejo. A única coisa que eu podia fazer era chorar e pedi aos céus por um milagre.

-PARA COM ESSE “CHORORÔ” AGORA PORRA. –gritou. Atacou a minha boca com beijo, forçando a entrada da sua língua. -CORRESPONDA. -falou pausadamente.

Segurou firme em minha cintura, enfiou a mão por baixo do meu vestido puxando ferozmente a calcinha que eu usava ,rasgando-a, sentir ardência, como se tivesse passado um rastro de fogo naquele local.

Abriu minhas pernas o máximo que pode, passando um dedo em minha feminilidade.

-Tsc... tsc...eu disse pra você relaxar...-começou a movimentar seu dedo em minha vagina levemente.Passou o dedo em sua boca e voltou a passar ali.- você não está molhadinha, gatinha, isso não é legal .

 Empurrou-me no encosto do banco ficando entre as minhas pernas. Não tinha mais jeito minha vida estava se esvaindo naquele momento, ou melhor, começou a se esvair na hora que entrei naquele maldito carro.

Meu corpo apenas tremia amedrontado, de nojo, mas principalmente da minha burrada de ir para aquele lugar ermo com um ébrio.

Segurou seu membro duro feito pedra com a mão e começou a pincelá-lo em minha entrada. Eu só conseguia chorar e soluçar. Quando por fim ele começou a me penetrar, enquanto o seu pênis entrava devagar em minha vagina eu me segurava forte em sua camisa.

-Porra gatinha você é tão apertadinha. – falou enquanto tirava o suor que descia pelo seu rosto, o carro estava fechado, então o calor estava multiplicado. 

Não agüentado ele tirou seu membro, por um momento pensei que ele estivesse caído em si, e desistisse disso, mas pelo contrario, ele saiu para voltar com mais força.

-AAH... - gritei alto. A dor era dilacerante, sentia-me rasgada, cortada ao meio. Suas estocadas eram violentas sentir algo escorrer por entre as minhas pernas.

-Uhum... Gostosa seu sanguinho ta no meu pau. Eu sabia que você era virgenzinha... Hum... Gatinha.

Suas estocadas eram profundas, o que me provocavam mais dor. Gritava a plenos pulmões. Doía, ardia à dor estava ficando insuportável.

-Ai... Mike para... Para por Deus. - não tinha vergonha em implorar eu queria acabar com aquilo.

Deu-me um olhar mais perverso. Começou a estocar com uma força descomunal.

 Eu senti uma forte dor rasgando minhas carnes. Quis gritar mais alto. Mas as mãos pesadas daquele homem machucavam-me a boca a ponto de eu quase sufocar.  

Cheirava entre o meu pescoço e vão dos meus seios. Quando percebeu que eu sufocaria tirou a mão de mim.

Urrava de prazer, estocou mais uma, duas vezes antes do seu membro inchar e derramar aquele liquido nojento em mim.

-Bocetinha gostosa Bella. -riu depositando a cabeça entre os meus seios. Eu sequer tinha forças para fazer ou dizer algo, eu apenas continuava a chorar e pedia a Deus para que tudo acabasse logo.

Pensei que toda aquela tortura tinha acabado, mas doce engano meu. Ele apenas estava recuperando o seu fôlego, para abusar mais de mim.

-Porra gatinha se eu soubesse que comeria uma bocetinha tão fudidamente apertadinha... Eu já tinha te comido antes.Novamente se embrenhou entre minhas pernas, e enfiou seu sexo no meu. Eu estava em pedaços, estava toda dolorida e o sangue estava secando o que fazia doer e arder cada vez mais.

Suas estocadas eram violentas, eu não chorava mais, não tinha mais jeito. Apenas tive que esperá-lo terminar, ali estática sem a mínima reação, parada havia pedido aos céus por socorro e este não veio, agora pedia que ele acabasse logo e saísse de dentro de mim, aquilo não me machucava apenas fisicamente, mas principalmente feria meu amor próprio mortalmente. 

Depois que despejou seu liquido esbranquiçado em mim. Apesar do nojo que estava sentido, e ao mesmo tempo alivio por ele estar saindo de dentro de mim, a minha reação foi instantânea, Mike tirou seu membro de dentro de mim,  e eu fechei as minhas pernas.

-Não precisa fazer isso gatinha. - falou dando um tapa na minha perna. –Vamos dar um descanso a ela. - apontou para minha feminilidade já tão castigada. Abaixou-se abrindo minhas pernas. 

-Mi... ke.-falei.minha voz saiu estrangulada, pensei que teria um 3º round , porque se tivesse com certeza eu morreria.

-Calma gatinha... Eu só estou... CARALHO. -gritou agora olhando para mim. –Bella sua boceta esta completamente vermelha.

Pegou suas roupas e começou a vestir-se, por fim olhou para mim.

-Bella esse é o meu ultimo ano aqui... Daqui a dois meses no máximo, eu me mudarei para estudar na Califórnia, portanto mantenha essa boquinha gostosa calada. Porque senão os papaizinhos queridos poderiam sofrer muito, com o desaparecimento de sua única filha. -piscou o olho e deu um sorriso mais cínico que uma pessoa pode ter na vida. 

Eu tinha acabado de ser violentada e ainda estava sedo ameaçada.
Eu tentei ajeitar-me o tanto quanto fosse possível. Ele destravou as portas o que permitiu minha saída do carro. Ao sair do carro notei minha calcinha no chão iria pega-la, para pelo menos me limpar, pois meu baixo ventre estava pegajoso.

-A calcinha fica boneca... Como lembrança. - contemplou-me com seu sorriso nefasto.

Comecei a caminhar, estava próxima a casa de Lauren, eu chamaria Alice e Jasper que me levariam para casa. Mas desistir da idéia, minha amiga sacaria que eu estava escondendo algo.

Continuei a caminhar. A minha casa ficava a três quadras dali, mas para mim pareceu uma eternidade andar tudo aquilo. Meu corpo estava completamente dormente diante daquilo que passará. Eu estava em choque.

Quando cheguei em casa ninguém estava lá. Agradeci mentalmente por isso. Entrei no meu quarto com muito sacrifício por ter subido as escadas.Tirei todas as minhas roupas jogando-as em um canto qualquer.

 Fui ao banheiro e entrei debaixo da ducha fria, não estava me preocupando com a temperatura da água, apenas queria livrar-me de todos os vestígios. Me esfreguei e esfreguei por muito tempo, mas eu não conseguia me sentir limpa, pelo contrario me sentia imunda, parecia que a sujeira tinha impregnado em todas as partes do meu corpo.

-Ai que nojo... Que nojo meu Deus... -a cada segundo me esfregava com mais força.

Minha vagina latejava à medida que eu tentava limpá-la. Peguei uma esponja e comecei a esfregar-me mais forte, o que começou a arder.

Sentei-me no chão do box , não estava mais agüentado minhas pernas. Deixei a água cair pelo meu corpo para levar consigo aquela sujeira. Foi só ai que me permitir chorar e gritar o quanto eu pude.

Debrucei-me no vaso e o nojo era tanto que vomitei tudo o que tinha e o que não tinha no estômago, uma, duas, três vezes, até não agüentar mais e o abdômen começar a protestar de dor.

Ao olhar-me pelo espelho, meus olhos estavam vermelhos pelas lagrimas que caiam copiosamente, mas também não tentei contê-las. Eu queria extravasar a minha dor e decepção, não era a Bella de 2h atrás.

Breathe No More/Não Respiro Mais
 
http://www.youtube.com/watch?v=zH_EJo5MFR8&feature=player_embedded

I've been looking in the mirror for so long
Tenho olhado no espelho por tanto tempo 
That I've come to believe my soul's on the other side
Que comecei a acreditar que minha alma estava do outro lado
All the little pieces falling shattered
Todos os pequenos pedaços caindo destruídos
Shards of me too sharp to put back together
Partes de mim afiados demais para serem colocados de volta
Too small to matter, but big enough to cut me in to
Pequenos demais para terem importância, mas grandes o suficiente para me cortar em
So many little pieces. If I try to touch her
Tantos pequenos pedaços. Se eu tentar tocá-la,

And I bleed
E eu sangro 
I bleed
Eu sangro 
And I breathe
E eu respiro
I breathe no more
Eu não respiro mais

Ao abrir o closet peguei um pijama qualquer e deitei-me. Não conseguia mais chorar, estava sem lagrimas. Agora meu choro era mudo, interno, emanava espasmos e soluços pelo quarto. Aquela era minha dor.

Deixei a exaustão tomar minha ment, e permite-me a me entregar a um sono sem sonhos. Essa era a primeira vez que eu não tinha sonhos.

A claridade vinha forte nos meus olhos fazendo-os se fecharem. Abri devagar para que meus olhos começassem a se acostumar com a luminosidade. Era minha mãe abrindo as cortinas da janela, a temperatura na cidade era instável, mas por uma grande ironia do destino hoje o sol nasceu brilhando e podia se ouvir o canto dos pássaros.

-Bom dia bebê. – falou minha mãe com um lindo sorriso nos lábios, e não seria eu a estragá-lo. Não respondi. Eu não tinha certeza que se eu falasse algo minha voz sairia normal e não embargada.

Conseguir levantar o olhar erguendo a sobrancelha. Não estava muito a fim de sair dali, eu queria apenas ficar no meu quarto até morrer. Mas os meus pais não tinham culpa e pela primeira vez depois daquele episodio eu conseguir esboçar um sorriso.
Olhando para o meu rosto, aproximou-se de mim e depositou umas mãos tão macias e suaves.

-Bella o que aconteceu filha? Você está horrível. –a abracei não queria que ela notasse minhas expressões.

-Eu cair da escada, quando cheguei da festa. -Menti. Era a primeira vez em minha vida que eu mentia para minha mãe, e me sentia péssima com aquilo, mas eu não queria que a minha família sofresse e se envergonhasse de mim.

-Oh... Meu anjo porque não ligou para nós?!- no mesmo instante pareceu pensar em algo. - Isabella Marie Cullen você chegou bêbada dessa festa?-olhou-me com o cenho franzido.

Eu queria falar mais não podia, antes eu tivesse chegado em casa bêbada ou drogada do que estuprada.
Levantei-me rapidamente e corri rumo ao banheiro o que deu uma enorme dor no meu sexo, sim eu estava ferrada, tinha sido abusada e estava dolorida.

Tomei uma ducha esfregando meticulosamente todas as partes do meu corpo. Não tão demorada quanto foi na noite anterior, afinal minha mãe estava em casa e poderia entrar a qualquer momento no banheiro e encontrar-me daquele jeito, os seios com marcas arroxeadas, as coxas com o sinal das mãos daquele monstro.
 Apressei-me em procurar algo rápido e que fosse confortável, mas no mesmo instante lembrei-me das marcas que tinha até nos braços, então resolvi por uma camisa, uma calça jeans, mas do mesmo jeito meus braços ficariam de fora e mostrariam as manchas, vesti um casaco azul, e desci sem a mínima vontade.
http://www.polyvore.com/bella/collection?id=838059

(...)

A semana passou rápido, eu não tinha animo nem para respirar. Inventei que estava com uma dor de cabeça terrível, e como sempre fui uma aluna exemplar, os meus pais acreditaram em mim me deixando ficar em casa e descansar.
 Mais uma vez eu estava mentido para os meus amorosos e atenciosos pais, e isso me deixava arrasada.

Alice vinha trazia todos os assuntos que os professores mandavam. Ela tentou por vezes conversa sobre a festa, por que eu havia saído cedo. Mas eu sempre conseguia mudar de assunto.

Quando ela ia embora eu mergulhava naquele terrível pesadelo e me escondia debaixo das cobertas, como se de algum jeito no escuro eu fosse me livrar daquilo.

 Eu apenas queria voltar a ser a Bella de sempre, aquela menina que estava sempre sorrindo, mas que se perdeu no caminho.

No caminho que não tem mais volta por causa da tristeza e da dor. Eu estava marcada para sempre...

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