quinta-feira, agosto 18, 2011

Love Can Happen-Capítulo 2 Dreams...


Bella pov's



‘All our dreams can come true if we have the courage to pursue them.’
                                        (Walt Disney)



Estávamos no outono às folhas secas caiam gradativamente, eu e a Chloe observávamos pela janela do quarto de Renée.

 -Mamãe... Quando a vovó vai ficar boa?-perguntou-me minha filha abraçando minha cintura.

-Eu não sei filha. -respondi triste, era duro ver minha mãe daquele jeito.Hoje tinha sido mais um daqueles dias torturantes.

Passamos o dia inteiro no Hospital Mount Sinai. Há algum tempo sabíamos que Renée tinha Leucemia linfóide aguda. Hoje tinha sido a radioterapia e ela estava debilitada deitada na cama enrolada em seu edredom florido. Mal se movia.

Mas eu tinha que sair para trabalhar, minha mãe e os meus filhos precisavam de mim, Chloe é a minha filha mais velha, ela que segura as pontas aqui de casa quando saio para “trabalhar”.

Chloe nos seus oito anos é muito mais responsável do que qualquer adulto. Ela quem cuidava da Renée e do meu príncipe de sete meses.

Apesar das circunstâncias que os meus filhos foram concebidos, eles haviam sido uma dádiva mandada dos céus de presente para mim. Eles foram frutos do meu relacionamento com o monstro do James.

Quando eu tinha 15 anos meu pai havia abandonado minha mãe e a mim por conta de sua amante Sue, a minha vida estava uma completa merda, Renée depressiva e doente, minha única alegria e quem me ajudava a segurar essa barra pesada era o meu vizinho James.

Logo ele se tornou meu grande amigo depois meu namorado apaixonado e por fim acabamos morando juntos por causa de minha gravidez inesperada, James não queria, mas conseguir contornar a situação e nasceu a minha princesa a Chloe, depois James passou a entrar no mundo das drogas, ele cheirava cocaína em nossa sala, chegava bêbado e eu acabava sendo, vítima de sua violência principalmente a sexual.

 Uma vez James ficou devendo a um dos traficantes e para que não acabasse morto, eu acabei cedendo às chantagens e investidas do ‘negociante’ acabei na cama dele, me senti um lixo, mas o que eu podia fazer?! Apenas chorar abraçada ao corpinho de minha filha adormecido.

Depois de algum tempo, comecei a dançar em uma boate Sensuous uma casa noturna de Jacob, freqüentada por pessoas de posses e de elite, daí começaram os infinitos convites para fazer programas, relutei um pouco em aceitar, mas qual a mãe que veria sua filha passar necessidades sem fazer sacrifícios?! Qual a filha que mediria esforços ao ver a sua mãe doente numa cama sem seus remédios adequados?!Muitos poderão dizer, e por que não arrumar um emprego decente?!
Qual emprego me proporcionaria em pouco tempo, o pagamento da hipoteca da nossa casa?! Já que Charlie fugiu e nunca mais voltou?! E o James?!

Esse apenas sabia se drogar cada vez mais.

A ultima vez que James tocou em mim foi forçado, eu sentia repulsa de ir pra cama com um porco drogado que cheirava há álcool, Porém deixou-me o bem mais precioso, Eric.

 Como eu sei que era dele?! Pelo simples fato que nenhum dos médicos, advogados ou empresários na maioria casados iria transar com uma puta sem camisinha, é triste me ver assim... Mas é apenas isso que eu sou, uma puta.

Quando James morreu para mim nada mudou, foi um dia normal, para ser sincera não derramei uma gota de lágrima ele não valia à pena. Batia-me, me violentava e praticamente me jogou para o mundo da prostituição.

No tempo em que precisei ficar sem fazer programas, só dançava ou servia aos clientes, mas sempre tinha aquele que pagava para ver o meu corpo ou pelo sexo oral, eu precisava do dinheiro para sustentar minha mãe e meus filhos.

Nunca fiz isso por querer fazer, mas é a minha única opção no momento, nem terminei o High school quem iria me dar um emprego?!

-Bella?!-Mamãe chamou-me com a voz quase inaudível, aproximei-me da cama e sentei segurando, sua mão pálida com marcas arroxeadas pelos furos das agulhas.

-Vai trabalhar hoje filha?

-Sim mamãe... –Ela não sabia em que eu trabalhava pensava que eu era garçonete de uma casa noturna. Bom é o que eu penso.

-Filha você deve estar cansada passou o dia comigo no hospital. -Para ser sincera eu estava muito enfadada, acabada, mas eu preciso muito da grana para comprar os novos remédios dela, e conseqüentemente mais caros.

 -Eu estou bem mamãe, não se preocupe.

Ao longe dava para escutar o chorinho leve do meu príncipe.

Certamente estava faminto, pois já tinha passado à hora de mamar.

-Mamãe o Eric ta com fome.

-Vamos lá... Você também deve estar morrendo de fome, não é Chloe?

-Hum... Sim, mas eu me viro. -falou depositando as mãos para trás do seu corpo.

-Vamos a mamãe vai fazer um sanduiche pra você, que tal?-ela assentiu e sorriu.
Eu ganhava o meu dia com o sorriso dos meus filhos.

 -Mamãe ,vamos para a cozinha quer algo?-sussurrou um lacônico não.
Deixei Renée deitadinha debaixo das cobertas.

Fui em direção ao quartinho cor de azul que eu mesma havia pintado antes dele nascer com a ajuda da Chloe, que por sinal é uma ótima irmã mais velha.

-Calma bebê a mamãe já vai pegar você. –falou ela segurando a mãozinha do Eric que se esperneava.

Peguei seu corpo gordinho do berço branco, enquanto o segurava com um braço, com o outro lutava para abaixar a blusa, assim que conseguir libertar meu seio do sutiã foi automático Eric rapidamente o abocanhou.

Ainda com o pequeno mamando descemos para a cozinha para preparar o sanduiche de pasta de amendoim da Chloe, e eu também precisava comer algo rápido não tinha comido quase nada o dia inteiro meu estomago estava vazio. E logo mais iria trabalhar.

Fiz contorcionismo para amamentar, prepara sanduiches e comer.

-Mamãe... Posso ir assistir tv?

-Claro.Assim que acabei de comer, fui fazer companhia a minha filha na sala, assistimos as Princesas da Disney ela era louca por esse desenho, os olhinhos de Eric começaram a pesar e a sua boquinha aos poucos abandonou meu seio.

O meu celular tocou alto na cozinha, Chloe apressou-se para pega-lo e entregou-me aquele aparelho gritante.

Atendi antes que ele acabasse acordando o Eric e nem olhei o visor para saber quem era.

-Oi?!-Bells, vou direto ao ponto. -Aquela voz era inconfundível.

-Como sempre não é Jacob?!-deu sua risada irônica.

-Você já pode... Hum...transar?
Olhei para Chloe e felizmente ela estava entretida no desenho, já que o tom de voz do Jacob sempre foi um pouco elevado.

-Por que a pergunta?!-Seu melhor cliente esta querendo uma visitinha sua no apart. dele.

-Hum... Claro que posso.

-Bells você sabe como o cliente gosta... hum...você sabe...

-Claro que sei Jacob, não precisa se preocupar.

A grana era boa, ele sempre pagava muito mais do que o combinado, esse dinheiro viria em ótima hora não poderia recusar.

-Esteja no apart. às 23h.

-Okay....Estava quase na minha hora.

Então resolvi me preparar fisicamente e mentalmente.

-Amor a mamãe, vai se arrumar para sair okay?! Quando acabar ai, sobe para vestir o pijama e escova esses dentinhos. -beijei a ponta do seu nariz, fazendo-a rir.

-Certo mamãe.

Eu tinha sorte com os meus filhos, Chloe era meu anjinho da guarda, Eric um amor de bebê, só chorava quando a fralda estava suja ou com fome.

Sempre que eu saio os deixo com minha mãe, só que hoje ela está impossibilitada então, antes de sair os deixaria dormindo como dois anjinhos que eram.

Subi com Eric adormecido em meus braços, era tão bom tê-los assim juntinho de mim.

Deitei meu bebê em seu bercinho, ele dormia tão tranqüilo. Dei um beijo em sua testa e ele sorriu.

-Deve estar sonhado não é príncipe?!-sorri.

Sai deixando a porta entreaberta caso ele chorasse Chloe ou minha mãe ouviriam.

Entrei no meu quarto e fui direto ao banheiro, tomei uma ducha demorada e me certifiquei que estava totalmente depilada principalmente nas partes intimas, o meu cliente era rigoroso e exigente quanto a isso.

Depois de tanto me vistoriar usei um desodorante intimo de morango com champanhe.

Procurei no meu closet uma roupa sexy, afinal tinha que agradar o meu cliente, escolhi um vestido de um ombro só, vermelho e preto, uma cinta liga e espartilho preto, para cobrir o meu corpo daquelas peças de roupas chamativas um, sobretudo preto. No make-up os olhos com sobras escuras, o côncavo preto e esfumacei a pálpebra com cinza, o batom vermelho carmim.

Os cabelos totalmente soltos dando um ar de selvagem.

-É Bella... Você está uma verdadeira puta!

Afinal é isso que eu sou... Uma puta!

Não ouvi som de TV ligada, então fui direto para o quarto de Chloe, que já estava deitada, coberta e agarrada ao seu ursinho de pelúcia rosa.

-Amor... A mamãe já está indo. -ela assentiu. -Não abra a porta para ninguém, se o Eric chorar é só por a mamadeira no microondas e principalmente qualquer coisa, me ouviu mocinha?!-ela olhava-me atentamente e acedeu. -Qualquer coisa chama a vovó.

-Humhum...ta bom mamãe...Mamãe você ta linda.-sorri.

-Te amo princesa.

Dei um beijinho em sua testa e fui até o quarto de Eric me assegurar que ele estava limpinho e dormindo, segurei sua mãozinha despedindo-me dele.

-Te amo príncipe.
Fui até o quarto de Renée despedir-me, mas ela estava dormindo, fechei a porta do seu quarto e fui de encontro com a minha sina.

Protegi meu corpo do frio e peguei o primeiro táxi que passava pela rua deserta.

Onde morávamos as casas não ficavam tão próximas e há essa hora as ruas ficam vazias....Parei em frente ao pomposo edifício branco.

 Respirei fundo e fiz a minha melhor cara de garota de programa, um sorriso inabalável nos lábios e um ar erótico.

Eu não tinha a menor vontade de estar ali, mas tinha necessidade de estar .

Entrei sem precisar ser anunciada, meu cliente já havia liberado a minha entrada para o porteiro.
.Ingressei no elevador e apertei o botão do 5º andar, olhei-me no espelho e baguncei mais os meus cabelos, para um efeito mais selvagem e provocante do jeito que meu cliente gostava.

Toquei a campainha. Fui prontamente recebida por meu cliente com um beijo no pescoço.

-Hum... Cheirosinha do jeito que eu gosto... -puxou-me pela mão até estarmos no quarto.Rapidamente estava dentro do aposento. 

Sem que eu estivesse esperando ele levou uma das mãos até a minha boceta e começou a me masturbar por cima da roupa forçando minha bunda contra o seu pau que já estava começando a dar sinais de vida.

-Está apressado hoje?!- perguntei na expectativa, todas as vezes que ele me contratará era para passar a noite inteira e só me liberava pela manhã.
 Isso envolvia pole dance, strip-tease e sexo sem intervalo. Então se ele tivesse apressado seria um grande alivio para mim.

-Por que a pergunta Bells?!

Todos para quem eu ‘trabalhava’ me chamavam de Bells inclusive na boate.
Que dizer principalmente na boate.

-Por nada, apenas queria saber. -mordi os lábios tamanha expectativa

.Ele saiu de perto de mim, indo para um barzinho que ficava próximo a sala, voltando com dois copos de uísques.

Entregou-me um e bebericou do seu.Cheirei e bebi um gole da minha bebida amarga.No mesmo instante senti um puxão forte na parte de trás do meu cabelo, fazendo-me da um pulo de susto.

-Olha aqui sua piranha, eu estou pagando para comer você, portanto cale essa boquinha gostosa e... -ele tentou beijar-me na boca, mas eu desviei o rosto.

Beijo na boca era algo intimo demais, para mim era uma demonstração de amor, nunca beijei nenhum dos meus clientes.

Sua mão apertou com força o meu cabelo e eu gemi de dor.

-Me chupa! -largou o copo de uísque que saboreava e veio em minha direção abaixando a calça social que vestia junto com a cueca.

-Anda puta me chupa. -Ele era muito generoso em questões financeiras, mas a delicadeza passava longe dele.

Ele estava em pé , ajeitei-me na cama e segurei o seu membro já duríssimo fazendo movimentos de vai e vem , rodeei o dedo pelo orifício que já saia seu liquido esbranquiçado, ele tombou a cabeça para trás e o abocanhei.

Passei a minha língua por toda a sua extensão, até deixá-lo completamente lambuzado para engoli-lo.

O enfiei todo em minha boca enquanto massageava suas bolas.

 -Isso cadelinha... -grunhia ele.

 Segurou meus cabelos os fazendo um rabo de cavalo, e começou a estocar com força em minha boca.

-Hum... Delícia. - e vociferou outros murmúrios indecifráveis.

Com mais força ainda ele tirou-me dele, jogando-me na cama.
Seu olhar devorava-me por completo.

-Levanta e tira a porra dessa roupa! 

Sai da cama o mais rápido que pude, tirei o, sobretudo e o vestido, mas continuei com a cinta liga o espartilho e o salto. 

-Da próxima vez, quero que você venha apenas de, sobretudo sem mais nada estamos entendidos?!-Assenti.

Ele deveria estar com pressa e isso me deixava exultante.

Ele massageava seu pau, sem nunca tirar seus olhos de mim. Pegou uma camisinha, não vi de onde ele tinha tirado o importante é que ele usava uma.

-Quero você nua em cima de mim agora. -sim, sem sombra de duvidas ele tinha pressa.Assim que fiquei completamente nua, subi na cama indo a sua direção.

Ele tocou em minha boceta, fazendo um breve carinho ali.

-Lisinha do jeito que eu gosto... Senta. - ele apontou para o seu membro em rijo.

Posicionei seu pênis em minha entrada e agachei deixando os joelhos dobrados. 

Meu cliente segurou-me pela cintura, com força foi ditando os movimentos.

Comecei rebolando devagar e aos poucos fomos aumentando o ritmo. Quando dei por mim já cavalgava em seu pau.

-Vai puta rebola... Rebola.- batia com força na minha bunda.

E foi o que eu fiz rebolei, cavalguei, e gemi na hora que tinha que gemer, nunca havia sentido prazer em transar com esses homens então tinha que fingir.-


Hum... Isso gostosa.

-Goza Carl, goza...-Levanta. -ordenou.


Em um movimento brusco, tirou-me do seu colo.
Parei olhando seus movimentos. Mandou-me ficar curvada em sua frente e foi o que eu fiz, balançou o seu pau fazendo alguns movimentos e o bateu no meu rosto, derramando sua porra em mim, principalmente nos meus seios, deixando-me completamente suja, mas do que já estava.


-Agora o deixe limpinho. –segurei o seu membro escorregadio e o suguei, até deixá-lo sem nenhum vestígio do seu liquido espesso e esbranquiçado.

-Hum...está melhor do que antes cadela , bem mais gostosa.

Todos os meus clientes sabiam que eu havia engravidado por isso o afastamento dos programas, mas não da casa noturna.

Seu celular tocou alto, tateou pelos bolsos do terno que estava numa poltrona próximo à cama.
Apoiei-me sobre a cama para levantar-me e ali sentei, esperando o que ele voltaria a fazer comigo.

Geralmente tomávamos banho juntos, quer dizer ele me fodia no banho.
Achou o que estava procurando e o atendeu.

-Oi amor!- houve um breve silêncio e olhou para mim, sorrindo.

-Humhum... Estou trabalhando.

Por quê?!-seu olhar estava de repente fechado em fendas.

-Não acredito nisso Esme, onde porre ele se enfiou?-silabou um se vista pra mim.

-E as meninas?!-Eu o obedeci, fui até o banheiro limpei-me como foi possível e voltei vestida para o quarto.

Carlisle já estava vestido sentado na poltrona.

-Vem aqui cadelinha. – bateu em sua perna fazendo sinal para que sentasse ali.
Sentei-me, sua mão esquerda infiltrou-se pra o meio de minhas pernas tocando-me ali enquanto a direita massageava meus seios com polidez.

-Se eu não tivesse que ir agora vadia, eu iria te foder como nunca... Você não sabe o quão apertada você está.
Rebolei em seu colo sentindo o seu membro ganhar vida novamente.

-Hum... -gemeu, mordiscando o lóbulo da minha orelha.
-Provocadora do caralho.

Aquele era o meu trabalho, então teria que ser a melhor provocadora possível.

-Hoje não dá... -tirou-me do seu colo.

Eu me sentia a pior pessoa do mundo, humilhada e sem nenhuma dignidade, fazendo aquele tipo de serviço.

-Aqui... -entregou-me o dinheiro dentro de um envelope, ele sempre fazia isso.Enfiei o envelope no bolso do casaco preto, mesmo sem conferir. Confiava nele.-você vale cada dólar que eu gasto com você.
-Quando nos vemos de novo Carl?-perguntei ajeitando os meus cabelos que estavam meio emaranhados.

-Em breve vadia, eu ligo para o Jacob para combinarmos. –beijou o vão dos meus seios. -Agora vai, também tenho que ir.

Desci sozinha, ele ainda ficou tomando mais uma dose de uísque, não sei o que havia acontecido, mas Carl simplesmente não era assim, ele passava horas transando.

Fiquei alguns minutos em frente ao apartamento nada de táxi passar, as horas se passavam, duas horas da manhã meu corpo já estava cansado não tinha parado para descansar.

-Porra, essa merda de táxi que não aparece. -puxei meu cabelo para trás exasperada.

A rua estava completamente inabitada teria que caminhar algumas ruas até encontra algum taxista à uma hora daquelas.

Merda!

Tentei ao máximo refugiar-me do frio, enroscando-me mais ainda no meu casaco. Andei a passos largos, eu não tinha nenhuma dificuldade em andar de salto, já estava acostumada, viver sobre eles era rotina principalmente na boate.

Depois de ter caminhado um quarteirão nada de táxi, estava sem bolsa, sem celular, o medo já começava a assolar.

Senti um carro aproximar de mim.

-Hey, puta entra aqui... -gritou um cara que estava na direção de um carro com alguns outros homens.

Medo! Era isso que eu sentia, minhas pernas pediam para parar, correr seria inevitável os atiçaria mais, mas minha mente gritava para que eu saísse dali o mais rápido que eu pudesse.Andei mais rápido. Estava tão abstraída que esbarrei em alguém quase me fazendo cair, seu cheiro era arrebatador, meus olhos seguiram em direção aos seus e cravaram-se por segundos.

Sua barba por fazer, os olhos azuis ou verdes eles confundiam-se um pouco, davam um ar sexy.
Não nos desculpamos, agasalhei-me mais, e saímos cada um em direções oposta.
Mas ainda assim o olhava de esguelha.

Um homem desses não olhará nunca para uma puta Isabella!

Graças aos céus, havia um taxi parado em frente a uma loja de conveniência de um posto de gasolina....

Assim que passei pela porta escutei um chorinho baixo, fui até o quarto do Eric, Renée estava com ele em seu colo o embalando.

-Hey príncipe, o que houve?!-toquei em sua testinha.

-Deve estar com fome a Chloe pegou no sono e eu resolvi não acordá-la, ela esta cansada, eu estava acalmando o Eric para depois ir preparar a mamadeira. –Minha mãe não olhava diretamente para mim, apenas olhava-me de soslaio, tenho absoluta certeza que ela tem conhecimento do meu real trabalho só não toca no assunto. E eu fico muito agradecida por isso. 

-Vou tomar um banho e depois venho pega-lo mamãe, não precisa fazer mamadeira a senhora precisa descansar. -ela assentiu dando-me um sorriso fraco.

Nunca pegaria em nenhum dos meus filhos suja do jeito que estava me sentia asquerosa imunda.

Enquanto permanecia debaixo do chuveiro é como se a água pudesse levar para longe toda impureza que existia em mim.

Mesmo há alguns anos nessa vida eu não me acostumava a ser chamada de cadela, puta, vadia aquilo doía tanto em mim.

Penteei meus cabelos em um rabo de cavalo frouxo e vesti algo mais confortável que eu achei uma regata e um short ambas as peças folgadas.

Estava entrando no quartinho azul e branco do Eric bem devagarzinho, estaquei na porta ao ouvir a ‘conversa’ da Renée com ele.

-A vovó anda um pouco cansada sabe... São aqueles malditos remédios... Sabe anjo quando a mamãe pegar você é para se comportar certo?! A mamãe anda se sacrificando muito por nós... -Eric a olhava atentamente, balançando as suas mãos gordinhas para o ar.

De repente ele ficou meio impaciente e começou a choramingar.

-Hey, a mamãe chegou príncipe. -peguei seu corpinho dos braços arroxeados de Renée por causa das medicações intravenosas que tomava. 

-Filha já comeu algo...

-Estou sem fome e a senhora se alimentou?-ela assentiu e beijou minha testa.

-Durma bem filha e descanse.
Saiu deixando-me apenas com o meu pequeno que já estava impaciente e puxava o decote de minha regata.

-Calma,calma amor a mamãe já vai te dar... -entrei no meu quarto com ele insistentemente agarrado ao meu decote.

Sentei-me na cama encostando as costas na cabeceira para ficarmos mais confortável.Sua boquinha sugava forte o meu seio, seus olhinhos azuis eram tão intensos, pareciam com os olhos de James.

-Seu guloso... -ele sorriu ainda com a boca grudada no meu seio com a mãozinha quente sobre ele.

Aos poucos sua mão caiu do meu colo e seus olhos perderam seu foco, foi fechando aqueles lagos azuis lentamente.
Beijei sua bochecha rosada e o deitei ao meu lado na cama de casal.

-A mamãe queria tanto ter um trabalho diferente, dar uma vida diferente para você e a sua irmã. -falei baixinho enquanto secava as lágrimas que teimavam em cair.


-Quero que um dia vocês possam se orgulhar de mim.

-Mamãe...Olhei em direção de onde surgia a vozinha fina.

Gesticulei um ‘entre’ e sorri.

Chloe aproximou-se e deitou-se do outro lado da cama, depositando a cabeça no meu seio.

De um lado ela e do outro o Eric.
Alisei os seus cabelos castanhos, ela virou-se para mim, olhando dentro dos meus olhos, minha filha é tão perceptiva. 

-Mamãe...lembra daquele livro da Bela Adormecida que você me deu semana passada?!.-assenti enquanto alisava seu rostinho que estava com as sobrancelhas arqueadas, demonstrando sua preocupação pelo meu choro mudo e repentino.

-Então... A Bela diz...Que,se você sonha uma coisa mais de uma vez,com certeza ela vai se realizar.

Beijei sua testa, e ela voltou a deita-se.

-Posso dormir aqui?!-pediu manhosa.

-Humhum...Te amo princesa.

-Te amo mamãe...agora vamos sonhar?!-sorri pra ela.

-Sim meu amor vamos sonhar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário