"Para a maioria, quão pequena é a porção de prazer que basta para fazer a vida agradável!"
(Friedrich Nietzsche)
Pov.Edward
Assim que estacionei o carro em frente a minha casa, e olhei de relance pelo retrovisor vi a cena mais linda, Claire dormia com um braço segurando o seu elefante de pelúcia e com o outro sugava seu dedo anular.
Sorri internamente com aquela cena, ao mesmo momento que uma dor na consciência me assolava. Como eu pude ser tão burro em não deixar primeiro a criança nascer para me certificar que era a minha?!
Depois mandava a Bella embora da minha vida, mas não fui um merda de um homem levado pela fúria do momento e o ódio me que dominava cada vez que eu fechava os olhos e lembrava daquele momento.
Respira Edward sua filha precisa de você. Tentava manter a todo o custo o tal do equilíbrio mental, repetindo dezenas de vezes: Edward sua filha precisa de você. Obriguei-me a sair do carro, precisava ligar para a Alice que deveria já estar preocupada, mesmo sabendo que a Claire esteja comigo, sim, porque a escolinha já devia ter lhe informado sobre isso.
-Hey, princesa... -tirei a franja que estava caída em seu rosto.
Preguiçosamente foi abrindo os olhos que estavam pequenos por causa do sono, até encontrar com os meus.
-Vem... -tirei o cinto de segurança que estava no seu corpinho, e a peguei no colo. -Aqui é a casa do papai, do vovô, e da vovó certo?!
Ela olhava meticulosamente todos os cantos em que passávamos, já era noite a casa estava completamente iluminada.
-Papai sua casa é muito bunitinha. -ri da sua troca de letras uma vez ou outra, ela olhou para mim franzindo o cenho, sem entender o porquê daquela minha risada.
-A casa também é sua bonequinha. -toquei no seu nariz com a ponta do meu dedo, fazendo-a rir alto.
Já estava fechando a porta do carro quando ela gritou alto que não era para fechar, pois tinha esquecido os ‘docinhos’ dela lá dentro. Mas uma coisa que eu não podia esquecer, minha filha era uma formiguinha.
Peguei seus macarons e seu elefantinho e parei na porta de casa com ela ainda no meu colo, tateei pelos bolsos da minha calça social cinza as chaves da casa,com toda a certeza tinha esquecido no carro e eu é que não voltaria, tocaria a campanhia mesmo.
Toquei aquele botãozinho dourado estridente.
Esperei alguns segundos até a porta ser aberta, por minha mãe.
-Filho o que houve?! A Alice ligou umas dez vezes para você, seu celular só dava desligado e... -logo após a enxurrada de impropérios, seus olhos caíram na pequena que estava aninhada em meus braços.
-Edward... -falou minha Esme surpresa. Também não era para menos, sair de casa relutando e esbravejando que a menina não era minha e agora ao voltar para casa à criança estava em meus braços.
-Mãe depois eu te conto. -ela assentiu. Sorriu para Claire que logo lhe estendeu os braços, os quais rapidamente foram recebidos pela avó.
-Oi tia. – falou minha filha rindo para minha mãe, que a olhava com admiração.
-Oi anjinho, tudo bem?-minha mãe acarinhava seu cabelo, com um sorriso de satisfação.
-Humhum... -respondeu Claire.
Ainda com ela apertada em seus braços sentou-se na chaise próxima a porta.
-Carl... Carl vem ver quem esta aqui. -gritou Esme toda animada.
-Esme para de gri... -meu pai certamente iria repreendê-la, mas seus olhos caíram imediatamente na coisinha minúscula que estava nos braços de minha mãe, que a embalava.
-Edward... O que aconteceu?-perguntou meu pai deixando o jornal que estava em suas mãos em cima da mesa de apoio ao lado da chaise que elas estavam sentadas.
-Depois eu conto tudo pai. –deu de ombros, abaixando-se até ficar na mesma altura que a minha filha.
Minha filha, essas duas palavras inebriavam a minha mente, involuntariamente sorrir. Por mais merda que eu tenha feito na vida e principalmente na vida dela privando-a de ter um pai, uma família paterna, quer dizer uma família porque os pais de Bella haviam morrido cedo e o único parente que ela tinha era o nosso antigo motorista.
Soltei um suspiro pesado. Mas irei me retratar com ela. Quero ser um pai presente em sua vida, não vou mais abandoná-la, por nada nesse mundo, e se for preciso brigarei na justiça se a Bella quiser levá-la para longe novamente.
-Oi princesinha. -falou meu pai baixo, beijando a sua testinha coberta pela franja insistente que caia em seu pequeno rosto de porcelana.
-Oi tio. –sorriu e coçou os lindos olhinhos que já estavam um pouco avermelhados, já era noite e certamente deveria estar morrendo de sono.
Meu pai sorriu largamente como há muito tempo não o via sorrir desse jeito.
Abaixai-me até ficar na mesma estatura que eles, toquei na mãozinha alva da Claire.
-Meu anjo, esses aqui não são os seus tios. -ela balançou a cabeça confirmando. Sinal que ela estava entendendo não é?!-esses aqui são o vovô - apontei para o meu pai, que sorriu. –e aqui a vovó mais gata do mundo. -Claire deu uma risadinha e olhou para a minha mãe que chorava, marcando o seu rosto fino de lágrimas.
Claire puxou a suas mãos que ainda estavam agarradas as minhas, e passou levemente pelo rosto de Esme.
-Você tá dodói também vovó?- perguntou unindo as sobrancelhas formando uma ruginhaentre na testa.
-Não meu amor... Eu estou muito feliz por você está aqui na casa da vovó. -Esme tentava controlar as lágrimas em vão, eu sabia a sensação que eles estavam sentido. Carlisle também estava com os olhos marejados.
Eles estavam completamente emocionados.
-Papai?!-chamou-me minha pequena fazendo os meus pais sorrirem quando ouviram a pronuncia papai pela boca dela. Devo confessar que até eu mesmo quando sou chamando assim pela vozinha doce da minha filha sorria feito um idiota.
-Oi filha!
Ela esticou os seus braços em minha direção, entendi que ela queria vir para mim e a peguei nos braços.
-Eu quelo a minha ma... Mamãe - seus olhos encheram-se de lágrimas, era obvio que ela estava sentido falta da mãe dela.
-Claire o papai vai ligar para a mamãe certo?! – ela assentiu soltando um suspiro profundo.
-Edward é melhor levá-la para dormir. -constatou Esme. Como sempre daquele jeito dócil e prestativa.
-Mãe é melhor dar um banho nela e dar o jantar, nos só comemos doces.
-Hum... Okay papai. –disse Esme visivelmente entusiasmada e emocionada.
Entreguei a pequena em seus braços, logo em seguida subiram escada acima para o meu quarto.
Sentei no sofá mais próximo de mim, e fiquei ali na sala imaginando o que poderia ter sido nossas vidas. Hoje certamente seria um homem casado a mais de quatro anos, Claire com certeza já teria um irmãozinho porque eu queria ter pelo menos quatro filhos e a Bella sabia disso e sempre acabávamos caindo em uma gargalhada uníssona, afinal ficávamos horas fazendo planos sobre o nosso futuro, sob a constate luz dos astros enquanto ficávamos deitados na grama nos amando.
Porra nós éramos felizes, mas que caralho, por que a Bella tinha que fazer isso comigo se eu a amava e estava disposto a tudo por ela?!
-Filho?!-Carlisle deixou cair a sua mão sobre o meu ombro e sentou-se ao meu lado dando-me um sorriso fraco. Retribuir o sorriso, pelo menos tentei, mas qual filho consegue enganar um pai?!-Edward qual o problema?! Você de repente ficou absorto.
-Apenas pensando o que poderia ter sido minha vida meu pai, apenas isso. -fui sincero na minha resposta não adianta mentir ou fingi para ele.
-Está arrependido?!-perguntou meu pai, e eu sabia muito bem sobre o que ele estava falando.
-Só me arrependo de não ter escutado a Bella quando ela disse que o bebê era meu, mas fora isso, não me arrependo de nada.
-Você ainda a ama. - falou Carlisle olhando-me com convicção.
-Eu não a amo. Não mais.
-A quem você esta tentando enganar Edward?!
Aquela conversa já estava torrando com o caralho da paciência, não que eu tenha pavio curto, mas conversar a respeito de os meus sentimento sobre Bella, me traziam lembranças, algumas boas devo confessar, outras eram logo assombradas pelas imagens que nunca, nunca sairão da minha mente mesmo que se eu vivesse 200 anos. Fecharia os olhos e aquela cena viria na minha mente outra vez.
-Mas que porra pai, dela eu quero apenas saber da minha filha.
-Edward?!-dei de ombros o ignorando completamente e levantei-me. Porra ele ainda insiste nisso?!
Subi as escadas o mais rápido que pude não queria ficar mais longe da minha garotinha. Parei na porta do quarto ao ouvir as duas conversarem animadamente.
-Vovó?!
-Oi meu anjo. -minha mãe lhe respondeu com aquela voz doce.
-Canta a musiquinha da plincesa na hola que eu for dumi?
-Ai princesa a vovó não sabe essas músicas.
Elas deram uma risada alta. Sorri ao saber que elas se davam tão bem em tão pouco tempo, como se conhecessem a vida inteira e jamais tivessem se separado.
Girei a maçaneta do meu quarto com o máximo cuidando que eu pude.
A minha mãe estava sentada na beira da cama com a Claire entre suas pernas trançando seus cabelos finos.
Sem querer acabei com aquele momento delas, com uma estrondosa gargalhada ao ver Claire usando uma camisa minha que ia até as suas pernas, parecendo um vestido logo.
-Você nos assustou sabia?-falou Esme rindo, com uma falsa indignação colocando as mãos no peito.
-Foi papai. -disse Claire girando seu pequeno corpo para olhar-me.
-Desculpe não foi minha intenção. -beijei seus cabelos.
Assim que Esme acabou de ajeitar os cabelos da minha filha, desceram para darem uma olhada como o jantar estava indo.
Aproveitei para tomar um banho estava precisando. Mas meu corpo permanecia exausto.
Sentei-me na ponta da cama com as costas apoiadas na cabeceira acolchoada. Peguei o telefone que estava logo ali no criado mudo junto com a minha agenda. Achei o nome de quem eu estava procurando e disquei o seu numero, acabou chamando umas quatro vezes, antes de uma voz estridente e urgente atender do outro lado da linha.
-Edward Cullen você é louco por acaso?!Cadê a Claire?! Vou buscá-la agora mesmo.
-Hey baixinha... Da para ficar calma?!... -fui imediatamente cortado, pela voz aguda da Alice.
-CALMA?! A Bella vai comer o meu fígado, junto com os meus rins e você me pede CALMA?!
-Alice calma a Bella não vai fazer isso. -involuntariamente soltei uma risada pelo nariz. – A culpa não é sua baixinha.
-Edward o que foi que aconteceu?! Fui até a escolinha e a diretora me contou que houve um pequeno contratempo e vocês acabaram se desentendendo.
Contei tudo o que havia acontecido e o verdadeiro ‘contratempo’ que ela havia dito. Alice começou a praguejava alto tanto da escola como também da diretora dizendo que faria um escândalo no dia seguinte.
-Muito obrigada Edward por ter defendido a minha princesa.
-Você não precisa me agradecer em nada, a Claire é minha filha.
-Edward eu não quero confusão estou indo buscar a Claire.
-Alice nem vem, hoje a Claire dorme aqui, com a família dela.
- Oh my God!...Edward eu já liguei para a Bella, assim que a Ângela me ligou, e a última vez que eu falei com ela foi há vinte minutos, ela estava indo para o heliporto desesperada e histérica. Você já conseguiu imaginar isso?!-suspirou alto. -E ela quer a filha dela aqui.
-A filha é minha também. -falei exasperado.
-Agora ela é sua filha?!Mas quando você abandonou a minha amiga grávida e a expulsou de sua casa e de sua vida, VOCÊ não pensou na sua filha quando gritou alto para todos ouvirem que queria mais era que ela e a criança morressem. -sua voz era embargada.
Um engasgo tomou conta da minha garganta, precisei pigarrear umas três vezes a até a minha voz sair, mas mesmo assim saiu esganiçada.
-Alice eu sei que eu fiz merda, mas quero me redimir com a Claire. E vou.
Depois de ouvir tudo o que a Alice disse deixei minha cabeça pender em minhas mãos. Eu desejei a morte da minha própria filha, sou um monstro. Deixei algumas lágrimas caírem, não ia impedi-las.
Vesti a primeira roupa que encontrei no meu closet. Escutei leves batidas na porta.
-Entra. -sorrir para o espelho a minha frente, já imaginado quem poderia ser.
-Papai?!
-No closet filha. –borrifei algumas gotas de Ferrari Black. Depositei o frasco na bancada branca, para olhá-la. Premiou-me com um sorriso perfeito.
-Hum... Cheloso papai.
-Ah... É?! o papai esta cheiroso mesmo?! – perguntei pegando-a nos braços.
-Humhum... -respondeu no meio das gargalhadas. -Vovó ta chamando pla come.
Desci com ela em meus braços, passava a minha barba por fazer no seu pescoço e em seu rosto fino, ela gargalhava cada vez mais alto.
Ao chegar ao meio da escada, fiquei estarrecido com o olhar mortífero que Rosálie dirigiu a mim. Certamente meus pais haviam lhe contado sobre a Claire.
-Edward eu não acredito que você esta se deixando levar pela mentira daquela vagabunda. - gritou na nossa direção.
Desci as escadas irado por ela esta falando as coisas na frente da Claire.
-Rosálie fica quieta. -falou Carlisle sentado ao lado de Emmett e Tânia.
Mas que merda, o que Tânia estava fazendo aqui?!
-Amor... Você vai se deixar levar por essa mentira?!
-Tânia vamos respeitar a criança aqui na sala! –pronunciou-se Esme.
-Mãe o Edward é muito do idiota mesmo... Ele não esta vendo que a bisca quer apenas lhe dar outro golpe?!
Emmett segurou no braço de Rosálie fazendo-a sentar.
-Para com isso, está história não lhe diz respeito. -falou Emmett alto e claro. -Se for para fazer escândalos na frente da criança é melhor irmos embora.
-Eu mereço uma explicação, sou sua noiva, você não poderia ter feito isso comigo. -Tânia falou indignada.
-Isso o que Tânia?!- engoli a minha raiva para lhe perguntar, eu não iria explodir com a minha filha nos braços.
-Isso. -apontou para Claire.
-O nome dela é Claire e ela é MINHA FILHA. -eu não queria gritar mais foi inevitável. Elas estavam acabando com toda minha paciência, quem elas pensam que são para se intrometerem na minha vida?
Rosálie saiu do aperto dos braços de Emmett vindo na minha direção, seus olhos estavam coléricos em direção a Claire.
-Filha?!-gargalhou. -para de ser IDIOTA, você viu o que ela te fez e você ainda chama a fedelha de FILHA?!- andava de um lado para o outro como se estivesse preste a nos atacar.
Eu a observava, mas para ser sincero não entendia as atitudes dela, sempre que eram relacionados à Bella.
-Ed... Essa menina. -falou com desdém. - não é sua filha, leva ela imediatamente para a casa e para a mãe dela. -falou Tânia se aproximando.
Por que porra elas estavam daquele jeito?! Que caralho elas têm a ver com a minha vida?!
-Tânia não se envolva nisso. -pediu meu pai.
-Pa...papai.- Claire falou com os olhos cheios de lagrimas , certamente pela tensão no ambiente.
As duas começaram a rir, e a Rosálie se contorcia, aquela porra deve estar doida só pode.
-A garota já te chama até de papai. - falou Rosálie entre risos.
-ROSALIE SE VOCÊ NÃO CALAR A PORRA DA BOCA AGORA EU JURO QUE... -estava a ponto de fazer uma besteira ela não iria ficar rindo da minha filha na minha frente.
-O que vai me bater?!- enfrentou-me Rosálie.
Fechei as mãos em punho e juro por tudo que é mais sagrado eu nunca bati em nenhuma mulher, mas mesmo com todos ali eu daria um soco naquela cara cheia de maquiagem importadas que ela usava apenas para disfarça a pessoa horrível e mesquinha que ela era.
-Rosálie para já com isso. -pediu Carlisle levanta-se vindo para o meu lado.
-O que papai?! Até o senhor está compactuando com isso?!-tinha mais raiva na sua voz, Rosálie estava visivelmente abalada com aquilo.
-Vamos embora. -Emmett puxou o braço da minha irmã, esta o puxou com força, e esbravejou algo que eu não conseguir discernir, para o marido.
Claire começou a chorar alto, estava assustada. A raiva emanava por todos os porros de Rosálie.
-CALA A BOCA GAROTA, ALGUÉM AQUI TE BATEU?!-Rosálie conseguiu se superar, isso não iria ficar assim. Mas quando eu ia lhe responder Esme interveio segurando minha mão e alisando as costinhas da Claire que ainda chorava.
-Rosálie vou dizer apenas essa vez, nunca mais ouse gritar com a Claire. -Falava calma e pausadamente. – e, por favor, você e Tânia retirem-se. -apontou para a porta. - nos estávamos indo jantar e pelo que eu me recordo vocês não foram convidadas e tampouco avisaram que vinham. -virou as costas para elas estendendo os braços para a minha filha.
–Vem com a vovó princesa. -Claire jogou-se nos seus braços imediatamente. - hoje o jantar é especial, você gosta de Chicken fried?!-Claire balançou a cabeça em confirmação. -Então a vovó mandou preparar Chicken fried deliciosos, com purê de batatas com gravy, biscuits, e uma salada de milho. -saiu com a Claire em seus braços para sala de jantar. -Edward, Carlisle, nós não vamos ficar esperando por vocês.
Carlisle e eu nos olhamos e seguimos, mas nos despedimos de Emmett convidando-o para o jantar. Obviamente ele não aceitou. Os deixamos ali. Rosálie e Tânia com umas caras que realmente dava medo em qualquer serial killer.
...
Conversamos sobre tudo o que aconteceu na escolinha e que eu tinha dito à diretora que a minha filha jamais voltaria a estudar naquela escola.
Meus pais me apoiaram. E continuamos a conversar sobre a minha situação com relação à Bella que com certeza me impediria de ver a menina.
Claire já estava na sobremesa, comia seu Brownies com cereja e seu rostinho estava todo lambuzado.
Esme levou Claire para limpá-la e eu fui logo em seguida.
-Papai cadê a mamãe?!-perguntou já debaixo das cobertas.
-Você vai dormir e quando acordar a mamãe vem buscá-la okay?!-assentiu.
-Papai?!
-Oi.
-Domi comigo?
-Durmo sim. – minha cama era espaçosa, mas eu deitei-me bem juntinho ao seu corpo. Ela pousou a cabeçinha em meu peito. Seus cabelos tinham o mesmo cheiro dos cabelos da mãe. Tão característico dela morango silvestre.
-Papai?!- falava com uma vozinha manhosa.
-Hum...
-Canta uma musiquinha da plincesa?
-Claire o papai não sabe nenhuma musica da princesa. -rir, ela tinha total fixação pelas princesas, logo cedo pediu para a avó cantar. -serve outra?!
-É da Bela adoumecida?
-Não.
-Blanca de neve?
-Não.
-Da Bela e a fela?
-Não. –sorrir. Como eu vivi tanto tempo sem ela na minha vida?!
-De quem então?!
-Vou cantar uma lullaby para você dormir. Agora feche os olhinhos. -comecei a alisar seus cabelos os botando para trás, a franja sempre insistia em cobrir seu rostinho de porcelana.
Hush my love now don't you cry
Silêncio, meu amor, agora não chore
Everything will be all right
Tudo vai ficar bem
Close your eyes and drift in dream
Feche seus olhos e viaje no sonho
Rest in peaceful sleep
E descanse num sono pacifico
If there's one thing I hope I showed you
Se existe uma coisa, eu espero ter te mostrado
If there's one thing I hope I showed you
Se existe uma coisa, eu espero ter te mostrado
Hope I showed you
Espero ter mostrado a você
Just give love to all
Apenas dê amor a tudo
Just give love to all
Apenas dê amor a tudo
Just give love to all
Apenas dê amor a tudo
Seu corpinho foi relaxando à medida que eu cantava, tirei seu corpinho mole de cima do meu.
Peguei o maço de cigarros que estava do meu lado, na gaveta do criado mudo preto. E fui para a varanda, olhei para a cama e vi minha filha deitada, não iria fumar ali a fumaça iria para ela.
Estava saindo do meu quarto quando veio uma Bella furiosa, com um vestido justo e decotado na minha direção.
-Eu quero a minha filha agora Cullen. -falou entre dentes.
-Bella calma e fala baixo que ela esta dormindo. -falei calmamente.
-Calma é o... -respirou fundo e me pareceu que ela estava contando, respirou novamente... -Cullen não me chame de Bella porque essa morreu há algum tempo.
-Essa Bella mãe da minha filha esta bem na minha frente.
-Bella mãe da sua FILHA?!-puxou os cabelos para trás e riu sem nenhum traço de humor.-Essa Bella você mesmo vez questão de MATAR, agora, por favor, me da a minha filha que este lugar não me faz bem.
-A Claire dormirá aqui, e amanhã você vem buscá-la ou me dê o endereço que eu mesmo a levo.
-EDWARD CULLEN OU VOCÊ ME DA À CLAIRE AGORA OU... -ela estava gritando comigo e me ameaçando, completamente descontrolada.
-Ou o que Isabella?! Saiba que eu tenho tanto direito quanto você. -joguei aquela situação na sua cara.
-DIREITO?! -gritou exacerbada. -VOCÊ QUE ME ABANDONOU, VOCÊ QUE ME EXPLUSOU GRÁVIDA, VOCÊ... -falava apontando para o meu peito. Cansado de ser o culpado por tudo, segurei seu braço com muita força, aposto que ficaria marcado no outro dia.
-VOCÊ QUE ME MATOU POR DENTRO, ESTRAGANDO TUDO O QUE HAVIA DE BOM ENTRE NÓS... -falei irritado.
-O que eu arruinei Edward?! O QUE?
-Eu te amava, eu ia te pedir em casamento, e te ver daquele jeito com aquele homem acabou com todas as nossas chances de sermos felizes. –praticamente sussurrei tocar nesse assunto para mim é sempre como mexer em uma ferida ainda aberta.
-Você fala em códigos , não estou entendendo do que você esta falando , vou pegar a minha filha. -disse Bella confusa tentando se desfazer da minha mão que lhe apertava o punho.
-Você me TRAIU e ainda diz que não está entendendo nada?!
-Eu nunca te trair. – soltou-se do meu aperto em seu braço, indignada.
-Nunca me traiu?! –gargalhei estrondosamente.
-Você é louco.
-Eu sou louco?! EU VI A MINHA MULHER TRANSAR NA MINHA CAMA COM OUTRO HOMEM... E você tem a porra do cinismo de me chamar de louco?!
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